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ELEIÇÕES 2018. Partidos de Santa Maria já estão por desistir de dobradinhas citadinas. PT é a exceção única

Exceção feita ao PT, é improvável, senão impossível, diante do cenário de hoje, que sejam formadas dobradinhas locais em 2018

A propósito da pesquisa CNT/MDA, divulgada na semana passada, a par das avaliações em cima dos números (por sinal, solenemente ignorados pela maioria dos veículos grandões da mídia tradicional), o editor pinça parágrafo de interessante ANÁLISE feita por Antonio Carlos Almeida, no portal Poder360:

“Enganam-se os que acham que a eleição de 2018 está muito longe. Pensam assim aqueles que não são políticos. O tempo da política é diferente do tempo da vida cotidiana, rápido para algumas coisas e extremamente lento para outras. Grande parte das decisões de hoje são tomadas em função de outubro de 2018. Poder-se-ia falar em favorito se Dilma ainda estivesse afundando o Brasil. Todavia, as cartas ficaram embaralhadas e o cenário eleitoral nebuloso depois que ela foi tirada da presidência. O que antes era governo, agora é oposição. O que até outro dia era oposição, tornou-se governo. É esta a principal lição dos recentes resultados de pesquisa.”

Pois não é preciso ir tão longe para verificar a precisãodo que disse Almeida. Cá mesmo, na comuna, politicos militantes só falam no pleito do próximo ano. E mais: articulações são feitas, com menor ou maior denodo, com maior ou menor visibilidade, por praticamente todos os agentes politicos. Aliás, quem não faz, pode ser ignorado mais adiante.

De pronto, já é possível dizer: os partidos maiores da cidade, exceção feita ao PT e, quem sabe ao médio PSB, simplesmente estão desistindo do pleito para deputado federal. Dobradinha, então, exceto no petismo, nem pensar. Aliás, há alguns, pode apostar, que sequer sabem se terão nomes para a Assembleia Legislativa. Sim, já há movimentos em torno de forasteiros, tanto para a Câmara quanto para o parlamento gaúcho. Depois, claro, não adiantará reclamar: a representação local tende a se manter igual, ou, com muita sorte, ampliar um pouquinho.

A seguir, suscintamente, e sujeita a erros (o momento, creia, é muito volátil), um conjunto de informações (e observações internas das agremiações) obtidas pelo editor, acerca dos vários partido. Atenção: esse é o cenário hoje. Pode, e talvez até aconteça isso, se modificar ao longo dos próximos e descisivos meses.

PT – é a única agremiação que, com certeza, apresentará nomes locais, tanto para a Assembleia quanto à Câmara dos Deputados. O cenário de hoje aponta  a tentative de reeleição tanto de Valdeci Oliveira quanto de Paulo Pimenta. Outro nome que pode surgir é o de Helen Cabral.

PMDB – a sigla que dominou a política local nos últimos anos apresenta um verdadeiro raquitismo de nomes e, sobretudo, de vontade. É improvável, inclusive, que surja (a não ser que muita coisa mude) nome local para concorrer à Assembleia. A sigla deve apoiar Roberto Fantinel, da Quarta Colônia, para a Assembleia Legislativa. Mas nomes importantes daqui, como Tubias Calil, por exemplo, farão campanha por Edson Brum.

Para a Câmara dos Deputados, o cenário é de apoio total a forasteiros, sem nenhum nome santa-mariense. A militância organizada se divide entre Giovani Feltes, Márcio Biolchi, Darcísio Perondi e Osmar Terra.

PSDB – Certamente terá candidato à Assembleia. Talvez até mais de um. E o(s) nome(s) sairá(ão) inevitavelmente, da bancada da Câmara de Vereadores, entre Juliano Soares, Pastor João Chaves, Admar Pozzobom e/ou João Ricardo Vargas. É muito improvável que surja um nome para concorrer a deputado federal. E, majoritariamente, as lideranças tendem a apoiar a ex-governadora Yeda Crusius.

PDT – A tendência de hoje é não ter candidato algum, nem mesmo à Assembleia Legislativa. Se houver algum, será Marcelo Bisogno – que hoje está vinculado ao gabinete da deputada estadual Juliana Brizola, a quem tende a apoiar. Outros nomes locais estão trabalhando por Gilmar Sossella (estadual)  e Afonso Motta. Este, provavelmente, será o principal apoiado daqui para a Câmara dos Deputados.

PP – A menos que seja para “marcar posição”, a tendência é não ter candidato algum, em 2018. Vão se dividir para a Assembleia Legislativa, com ênfase provável em Frederico Antunes, e mais ainda para a Câmara dos Deputados, entre Jeronimo Goergen, Afonso Hamm, Covatti Filho e Luiz Carlos Heinze. A novidade seria Sérgio Cechin concorrer ao parlamento gaúcho. Poucos creem nisso, porém.

Das siglas ditas menores, a que melhor se coloca é o PSB. Fabiano Pereira (que ainda tem chance de virar secretário de Estado) é o nome para deputado federal. E Liziane Bayer, de São Pedro do Sul, até já tem escritório local e terá apoio para reeleger-se à Assembleia.

Há ainda razoáveis chances de o PTB apresentar Deili Granvile para a Assembleia, assim com o PRB ter Alexandre Vargas como candidato a deputado estadual. Outro que pode tentar, dependendo da orientação partidária, é Werner Rempel, do PPL, que, dependendo da coligação, tem boas chances – como (quase) aconteceu em 2014.

RESUMO DA ÓPERA: depois não adiantará o pessoal se queixar. Se não tiverem candidato, obviamente, ninguém será eleito. Ponto.

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