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JUSTIÇA. AGU recorre de nova decisão judicial que suspendeu nomeação do ministro Moreira Franco

Por PAULO VICTOR CHAGAS, da Agência Brasil

Moreira Franco teria sido citado em uma delação premiada recentemente homologada. Foto Antonio Cruz / Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou, há pouco, recurso contra a decisão da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro que suspendeu novamente a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O órgão busca mais uma vez garantir a posse de Moreira Franco, que ocorreu na última sexta-feira (3).

Na manhã desta quinta-feira (9) a juíza Regina Coeli Formisano, da 6ª Vara Federal no Rio de Janeiro, expediu liminar para suspender a nomeação de Moreira, em atendimento a ação popular aberta por um advogado.

Ontem (9), uma decisão na Justiça Federal em Brasília obteve o mesmo efeito, mas a AGU conseguiu que fosse derrubada a liminar na manhã de hoje, por meio do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Desta vez, o recurso foi apresentado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Já os questionamentos enviados ao Supremo Tribunal Federal sobre a validade da nomeação devem ser esclarecidos até amanhã (10), de acordo com o ministro Celso de Mello.

Legalidade

A validade da nomeação de Moreira Franco é defendida pela Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU contesta o principal argumento dos autores das ações. Todos alegam que a situação de Moreira Franco se assemelha ao caso da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil pela ex-presidenta Dilma Rousseff, no ano passado.

Na ocasião, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula por entender que a medida foi tomada para conceder foro privilegiado ao ex-presidente e evitar que ele fosse julgado pelo juiz federal Sérgio Moro nas ações da Lava Jato.

Moreira Franco teria sido citado em uma delação premiada recentemente homologada – isto é, tornada juridicamente válida – pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, no âmbito da Operação Lava Jato.

Para a AGU, as situações são distintas, porque Moreira Franco, ao contrário do ex-presidente, já exercia funções no atual governo, como secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criado em setembro de 2016. Segundo a AGU, a transformação do cargo teve como função fortalecer o programa governamental.

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