GOVERNO. Demistas se dizem “desconsiderados” e já falam até em abandonar administração de Pozzobom
O DEM está brabo. Muito brabo, aliás, deduz o escriba, após ter falado com fonte autorizada da direção da sigla. Na noite de segunda-feira, o Diretório fez a primeira reunião do ano. E, pelo que foi possível colher, orelhas governistas devem ter ardido.
Mas, por quê? A agremiação se coloca como desconsiderada pelo governo de Jorge Pozzobom – do qual é aliado de primeira hora, muito antes de vários partidos que chegaram só no segundo turno e hoje “têm mais espaço na Prefeitura”.
No encontro, apurou o editor, foi feita análise do trabalho que o partido fez “na construção da vitória da chapa Pozzobom/Cechin e também sobre as contribuições que o partido já vem dando ao governo em diferentes áreas.” Isso feito, os demistas avaliam que a direção do DEM “sofre desgaste com a atual gestão” e pretende deixar isso claro para o prefeito.
Foi deliberado pelos presentes que ainda nesta quarta-feira, uma carta será entregue pessoalmente pelo líder do governo na Câmara, Manoel Badke, dando conta deste descontentamento e solicitando revisão desse comportamento. Pois há “coisas não cumpridas, embora tenham sido acordadas”, diz fonte do escriba, no DEM. O partido admite até sair do governo e entregar o cargo de Badke, se não forem atendidos os seus pleitos.
Sim, mas e o que é isso? O que não está sendo cumprido? Para começar, diz o interlocutor demista, o partido “não é ouvido, sendo desconsiderada a frase de Pozzobom, ainda na campanha, em que os primeiros seriam primeiros”. O DEM não está sendo atendido “nem de perto, em vista de parceiros que chegaram só no segundo turno”. E também não existe mais diálogo, pois “a cúpula tucana mudou de comportamento após a eleição”.
O DEM, claro, também se queixa da falta de cargos prometidos pelo governo. Como não contam a secretaria ocupada por Rodrigo Menna Barreto, filiado ao partido, mas que este considera da cota pessoal de Jorge Pozzobom, já que ele não foi indicado, são apenas cinco CCs. Mais exatamente um CC 8, dois CCs 6 e dois CCs 5. E até “partidos minúsculos, como PSC e PPL, têm postos mais relevantes”, se queixa a fonte da direção do DEM.
Tá, e como isso irá terminar? Logo se saberá, ao que tudo indica.
EM TEMPO: esse assunto, com outras nuances, também é tratado pelo editor, na coluna desta quarta-feira, nas versões impressa e online do Diário de Santa Maria.
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