SEGURANÇA. Surgem primeiras reações à perda de mais 70 PMs, que foram deslocados para Porto Alegre

A ida de muitos PMs do Batalhão de Operações Especiais (BOE) sediado em Santa Maria escancara ainda mais, se é isso possível, as dificuldades para atender às demandas locais e regionais por Segurança Pública. E, claro, a informação publicada nesta segunda-feira pelo Diário de Santa Maria (AQUI) provoca reações. Algumas delas bastante fortes.

No Feicebuqui, por exemplo, o desembargador Sérgio Blattes, de total vinculação com Santa Maria, publicou em seu perfil (AQUI, se você for usuário da rede social), o que poderia ser uma “dica” óbvia para as autoridades locais: “Como a capital é tambor que bate mais alto, despe-se um santo menor para cobrir o maior. Santa Maria, por suas lideranças, não pode ficar indiferente a redução de 70 PMs.”

De todo modo, até o momento não há manifestação de ninguém representativo da cidade. A exceção é o deputado Valdeci Oliveira, como mostra material produzido e distribuído por sua Assessoria de Imprensa. O texto e a foto são de Tiago Machado. Acompanhe:

“Saída de policiais e de Patrulha preocupa Santa Maria e região, diz Valdeci

O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) vai expor a situação atual da segurança pública de Santa Maria e da Região Centro à Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa.

Valdeci está preocupado com a transferência de 70 policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Santa Maria para Porto Alegre por tempo indeterminado, o que ocorreu nessa segunda (13), e com a suspensão das atividades da Patrulha Intermunicipal (Patrim) na área de abrangência do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RP Mon), anunciada na semana passada e que afeta 10 municípios. “Em uma semana, o sistema de segurança pública da Região Central sofreu duas baixas consideráveis, que enfraquecem uma estrutura já deficitária de policiais e de policiamento”, destacou.

Para Valdeci, é fundamental que a Secretaria Estadual da Segurança dê uma satisfação à população sobre o tempo de transferência dos policiais do BOE, assim como sobre a alternativa que será viabilizada para suprir a ausência da Patrim.

“A Região Central do Estado não pode pagar o pato pela incapacidade do Estado em lidar com a criminalidade e a violência. Aqui vivem milhares de pessoas. Quem prometeu segurança à sociedade deveria ter criatividade e agilidade na resolução dos problemas em todas as partes do Rio Grande, pois hoje nenhum cidadão gaúcho sente-se seguro seja em Porto Alegre, Santa Maria ou nos pequenos municípios. A incompetência é geral”, enfatizou.”