TRABALHO. Sindicato bancário visitará os vereadores para propor a criação de frente em defesa do Banrisul
Por MAIQUEL ROSAURO (com fotos de Divulgação), Especial para o Site
Quarta-feira (22), em Porto Alegre, foi criada a Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público. O evento no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, reuniu mais de 600 bancários em uma mobilização que promete se estender por diversos municípios gaúchos, inclusive Santa Maria.
O alerta em relação ao banco surgiram após o jornal paulista Valor Econômico, em sua edição de 26 de janeiro, publicar a matéria “Privatização do Banrisul é condição para ajuda ao RS”. O periódico esclarecia que a reunião a portas fechadas, realizada dias antes, entre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o governador José Ivo Sartori, em Brasília, tratava sobre a venda do Banrisul.
Desde então, o movimento sindical vem buscando apoio de deputados estaduais para tentar impedir a venda da estatal. O Banrisul é hoje um dos cinco bancos estaduais que sobrevivem no Brasil, os outros quatro são: Banestes (Espírito Santo), BRB (Brasília), Banpará (Pará) e Banese (Sergipe).
No total, 20 deputados integram a Frente Parlamentar: Adão Villaverde (PT), Altemir Tortelli (PT), Bombeiro Bianchini (PPL), Ciro Simoni (PDT), Eduardo Loureiro (PDT), Enio Bacci (PDT), Marlon Santos (PDT), Jeferson Fernandes (PT), Juliana Brizola (PDT), Juliano Roso (PCdoB), Luiz Fernando Mainardi (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB), Miriam Marroni (PT), Nelsinho Metralúrgico (PT), Pedro Ruas (PSOL), Ronaldo Santini (PTB), Stela Farias (PT), Tarcísio Zimmermann (PT), Valdeci Oliveira (PT) e Zé Nunes (PT), o proponente.
Os diretores do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, Alexandre Soares, Marcello Carrión e Margarete Thomasi, participaram do ato em Porto Alegre. Segundo eles, o objetivo agora é mobilizar o parlamento santa-mariense.
“Em Santa Maria, iremos procurar os vereadores para criar uma frente em defesa do Banrisul público na cidade. Hoje, o banco possui 536 agências e está presente em 430 municípios gaúchos. O Banrisul se diferencia pela prestação de serviços, atendendo a todos sem distinção de renda, do pequeno agricultor ao grande empresário”, afirma Margarete.
No total, o Banrisul possui 1.237 postos de atendimento e mais de 11 mil funcionários. Em breve, a Frente Parlamentar irá se reunir com o governador Sartori para tratar do assunto. Um dos objetivos é dissuadir o governo do Estado do projeto de extinção de plebiscito para consultar a população quanto à venda do banco.
Os funcionários só estão preocupados com eles mesmos.
Já os 11 milhões de gaúchos querem saber quando esse Estado vai finalmente fazer caixa para pagar bilhões de precatórios (pessoas estão ficando doentes, morrendo, precisando desse dinheiro para pagar as contas, e nem os bisnetos vão receber).
Os 11 milhões de gaúchos querem saber quando finalmente esse Estado vai fazer caixa para avolumar-se de depósitos judiciais para que empresas e pessoas finalmente recebam e paguem suas contas.
Os 11 milhões de gaúchos querem finalmente saber quando esse Estado vai acertar suas contas, reestruturando-se, livrando-se de tudo que não faz parte dos serviços essenciais, enxugando-se, fazendo a coisa certa, vendendo ativos que devem ser vendidos, para então ter caixa para pagar melhor professores e ter mais segurança nas ruas?
Uma minoria não pode ter poder de segurar uma venda pensando só no “bem” deles mesmos.
A venda não só do Banrisul, como da CEEE, CORSAN e outras vai ajudar a resolver a vida para melhor de milhões de pessoas nesse Estado, inclusive dos professores. Que vendam logo. Não vão fazer falta nenhuma.
Por que têm medo? Não são competentes e qualificados?