SALA DE DEBATE. Debate final tem condições de definir uma eleição? E crime organizado dá as cartas
Com a presença dos convidados Antonio Candido Ribeiro (Candinho), Ricardo Blattes e Orlando Fonseca, além da habitual participação dos ouvintes, o “Sala de Debate” desta sexta-feira, na Rádio Antena 1, teve como foco dois assuntos principais.
Obviamente, a eleição dominical e a campanha que está terminando, com ênfase (mas não apenas) no debate ocorrido ontem à noite, monopolizou. Afinal, discutiu-se, esse encontro derradeiro, a 72 horas do pleito, reúne condições de definir uma eleição? Pois é.
Ah, e o outro asssunto, tratado com a mediação deste editor, foi a desfaçatez como o crime organizado toma conta, a partir da tal carta em que um grupo que começa a se formar, e parece forte, lança manifesto quase dizendo que “violência, sim, mas não tanto”.
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Obvio que o crime tem poder para aumentar e diminuir a violencia. Existe até filme nacional a respeito, “Salve Geral” de 2009. O lugar onde o PCC diminuiu a violencia não é o citado. Foi em Fortaleza no Ceará. Também não é algo exclusivamente brasileiro. Japão tem controle rígido para posse de armas de fogo e espadas. Máfia japonesa, conforme entrevista a CNN (faltava até ponta de um dedo do sujeito), possui armas ilegais. Só que o controle é tão rígido quanto o do Estado. Motivo é simples, atrai muita atenção, prejudica os negócios.
Pedófilos e estupradores ficam separados dos outros presos geralmente. Não são aceitos, presença pode até causar rebeliões. Podem ser violentados ou até mortos em caso de rebelião ou se forem parar junto com os outros devido a superpopulação. Também não é “porque podem ficar violentos” (sem pé nem cabeça esta afirmação), apesar de alguns também terem cometido homicídio. Os outros presos tem família fora da cadeia. Tem mais, pessoal que cai na lei Maria da Penha, dependendo de onde for parar, vai levar uma sumanta de pau para aprender a não bater em quem não pode se defender. População carcerária tem mulher, filhos, filhas e irmãs.
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/19/politica/1471617200_201985.html