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Por FRITZ R. NUNES e BRUNA HOMRICH, da Assessoria de Imprensa da Sedufsm
Em 2016, a UFSM recebeu uma verba para custeios e capital de aproximadamente R$ 167 milhões, enquanto em 2017 esse valor havia ficado pouco acima de R$ 151 milhões. Portanto, do ano passado para cá, já havia ocorrido redução. A verba de custeio é justamente aquela que serve para o pagamento de questões cotidianas, como serviços de limpeza, vigilância, luz, telefone, como também para o dia a dia da universidade nas unidades, que inclui compra de passagens, pagamento de diárias, etc. Em meio a dificuldades crescentes, com enxugamento de recursos, o que tem obrigado, por exemplo, professores a participarem de bancas de mestrado e doutorado através de videoconferência, a equipe econômica de Michel Temer anunciou no final de março que terá que fazer novo corte no orçamento, tesourando a Educação em R$ 4,2 bilhões.
Os reitores pressionam o Ministério da Educação para que esses cortes não atinjam as Instituições Federais de Ensino, mas poucos acreditam que o governo cederá. Em função disso, é provável que nos próximos dias, uma portaria do MEC seja publicada anunciando um corte de 20% no orçamento anual das universidades. Durante entrevista realizada pela assessoria de imprensa da Sedufsm com os pró-reitores de Administração, José Carlos Segalla, e de Planejamento, Frank Casado, na última segunda-feira, foi lhes perguntado se a orientação governamental de novos cortes pode inviabilizar o funcionamento da UFSM ao longo deste ano.
Ambos os gestores afirmaram que não se trabalha com a hipótese de que a instituição seja inviabilizada, mas o risco existe mediante dois fatores, explicaram eles. A UFSM pode não ter condições de funcionar se não fizer uma readequação de seu orçamento diante dos cortes anunciados. Ou seja, é preciso de qualquer forma gastar menos em áreas em que é possível mexer nos recursos, como é o caso dos serviços terceirizados, além das contas de água, luz, telefone. O outro fator que pode inviabilizar é se o corte que o governo irá anunciar oficialmente para as Instituições Federais ultrapassar os 20%.
Enxugamento
Em entrevista que concedeu na segunda-feira à Rádio Universidade, o reitor da UFSM, professor Paulo Burmann, disse que a partir de maio até o final do ano, a instituição precisa economizar R$ 3 milhões somente com o serviço de Vigilância. E o sentido prático desse enxugamento já está ocorrendo, com o anúncio da redução de 34 postos de vigilância, o que já ocasionou pelo menos 62 demissões de trabalhadores esta semana por parte da empresa Sulclean, gerando protesto desses trabalhadores nesta terça pela manhã.
No entanto, os cortes não devem parar por aí. Conforme o pró-reitor de Administração, José Carlos Segalla, em função de que os contratos com as empresas terceirizadas possuem uma duração determinada e, ultrapassado esse período, precisam ser …”
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Ora, é preciso “cair na real”. Não são nem devem ser privilegiados. Nas crises, as empresas e universidades privadas não reavaliam seus orçamentos? Não cortam despesas? Não demitem? Não otimizam seus processos?
Não é uma excelente oportunidade para pensar em produtividade, eficiência e inovar? Querem gastar e gastar, sem limites?
E vou além.
Quanto custam as salas com mais cadeiras vazias do que preenchidas, em vários cursos, por desistências e mudanças de cursos dos alunos?
Quanto custam as greves ideológicas esquizofrênicas?
Quanto custa manter cursos que nunca decolam, que não tem boas notas de avaliação por instituições isentas?