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ELEIÇÕES 2018. Com Lava Jato e tudo, PMDB, PT e PSDB ainda serão os relevantes, diz cientista político

Para professor da PUC-RJ, as ruas estão em silêncio e o atual momento do país tem como protagonistas a mídia e o judiciário

Por JOÃO FELLET (texto) e MARCELLO CASAL JR (foto/Ag. Brasil), no site da BBC Brasil

Professor de Ciência Política da PUC-RJ, Luiz Werneck Vianna avalia que as delações da Odebrecht têm tido repercussão muito maior na imprensa do que nas casas dos brasileiros. “É visível o silêncio das ruas em relação a tudo isso”, afirma Vianna, que já lecionou na Unicamp e na Universidade Federal de Juiz de Fora e é autor de livros como A judicialização da política e das relações sociais no Brasil (1999) e Democracia e os três poderes no Brasil (2002) .

Para ele, a abertura de investigações contra dezenas de líderes partidários citados pela empreiteira abre espaço para outsiders na política, mas não deve provocar transformações tão radicais em Brasília.

Em entrevista à BBC Brasil, ele afirma que grandes partidos abalados pelas delações – como PT, PSDB e PMDB – deverão passar por uma renovação, mas continuarão relevantes.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil – Quais consequências as delações da Odebrecht terão para o governo?

Luiz Werneck Vianna – O governo Temer deve sobreviver – acho que ele deve cumprir o seu mandato. E deve também fazer as reformas com as quais vem se identificando. O apoio do Congresso continua forte.

BBC Brasil – A forma como a política é feita vai mudar? Haverá mudanças na relação entre partidos e empresas?

Vianna – Isso certamente vai sofrer uma mudança radical. Mas não creio que esse expurgo da classe política assuma a mesma proporção que asumiu na Itália [após a Operação Mãos Limpas, nos anos 1990]. Vai ser forte, mas não com a radicalidade da situação italiana. Acho muito difícil que partidos mais enraizados, como PT, PSDB e PMDB, saiam do mapa. Acho que eles ficarão, porque inclusive fora deles não há nada de novo surgindo.

BBC Brasil – Novos partidos, como Rede, PSOL e Partido Novo, não são capazes de preencher espaços?

Vianna – Dificilmente. Eles não têm quadros, não têm programa. O PSOL é muito parecido com o que o PT foi em determinado momento, com a denúncia da corrupção e [a defesa da] ética na política. Mas qual o programa econômico do PSOL?…”

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