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GREVE. Em dia histórico, milhares de pessoas vão às ruas da cidade contra as reformas do Governo Temer

População tomou conta da Avenida Rio Branco, em Santa Maria, durante o ato que encerrou a greve geral desta sexta-feira

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e fotos), Especial para o Site

Milhares de santa-marienses saíram às ruas na tarde desta sexta-feira (28) contra a Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e a Terceirização. A greve geral organizada pelas centrais sindicais contou com uma passeata pelas principais ruas do Centro.

Com um caminhão de som, os sindicalistas se revezaram nos discursos com palavras de ordem. Também foi fundamental para inflamar o povo a participação do Levante Popular da Juventude, com uma bateria que não parou em nenhum momento do ato.

Entre os participantes, no meio da massa, estava a coordenadora do projeto Esperança/Cooesperança, irmã Lourdes Dill. Ela elogiou a participação consciente dos cidadãos contra as reformas do governo Temer e ficou impressionada com a representatividade de instituições presentes. A religiosa também lamentou que um pequeno grupo de arruaceiros apedrejou a fachada de uma agência do Itaú, na Avenida Rio Branco.

“Cinco ou seis radicais, que não eram do movimento, recolheram algumas pedras na Rua dos Andradas e jogaram contra o banco. Podemos até pensar que foram pessoas pagas para manchar o ato”, reflete irmã Lourdes.

A mobilização foi finalizada no início da noite de forma pacífica. CLIQUE AQUI e confira como foram as mobilizações durante a manhã de sexta em Santa Maria.

No meio dos manifestantes, a irmã Lourdes Dill, do Projeto Esperança. Ela apoiou a mobilização contra as reformas do governo

O que disseram os organizadores:

“Um dia como hoje ressuscita a esperança de revertemos o golpe. Também fica claro que não é verdade quando a mídia tradicional diz que só tem sindicalista no protesto. É o povo que está na rua”.

Marcello Carrión, diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região

“O ato mostra que a classe trabalhadora precisa se organizar na rua como uma ferramenta didática, pois não podemos confiar no Congresso. Este movimento não vai parar aqui”.

Paulo Merten, coordenador de Formação Sindical e Comunicação do Sinprosm

“Este foi um ato marcante. A maior parte das pessoas que estão na rua hoje estão aqui de coração”

Luiz Mário Coelho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Maria

“O povo está acordando. Não basta o governo dizer que vai fazer reforma, é preciso trazer progresso para a vida das pessoas”

Sandra Regio, diretora do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato

“Este protesto mostrou a indignação de todos os trabalhadores que não querem ser usurpados pelo governo”

Rogério Reis, presidente do Sindicato dos Comerciários

Passeata da tarde passada percorreu algumas das principais ruas do centro de Santa Maria, animada por muitas palavras de ordem

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7 Comentários

  1. A manifestação pacífica e ordeira é um direito. Ir à praça, fazer passeatas é um direito. Sejam 10 ou um milhão de pessoas. Seja para clamar por ajuda de um santo invisível ou defender a preservação das baleias. Seja para continuarem mamando nos grandes úberes do estado. Cada um chora como quiser.

    Mas façam as manifestações no final de semana. Façam em feriados. São preguiçosos para se manifestarem no final de semana? Não, é uma questão de fazer confusão mesmo. Tem de aparecer. No final de semana as manifestações ideológicas e sindicais não fazem auê, elas se esvaem por conta. Então tem de ser no dia da semana, à força, para fazer auê, “ondinha”.

    No caso do serviço público, principalmente dos serviços essenciais, a coisa chega a ser bizarra. Tem de acontecer a manifestação em dia de trabalho, fechando as portas na nossa cara, prejudicando o cidadão que paga a conta? Mas quem paga os salários dessa gente? O cidadão. Então vão fechar as portas na nossa cara em dia de expediente por que querem nos “salvar”? Sério? Isso tem algum fundamento lógico? É bizarro. Claro, é Brasil.

  2. Greve de quem não trabalha??? Sindicalista trabalha??? Estudantes trabalham???
    Lamentável, o raros neuronios, de sua opinião
    Tenho filha que estuda em Escola Publica. E Trabalha, 24 h por semana.
    Tenha, no minimo, a não agressão.
    A Realidade.
    Eduardo Flores.

  3. Greve de quem não trabalha??? Sindicalista trabalha??? Estudantes trabalham??? Quem é trabalhador estava em casa aproveitando para ficar em casa numa folga forçada, ou viajando ou que nem eu trabalhando.
    Greve no Brasil??? Mas vem cá quantas bandeiras do Brasil vemos nas fotos??? Eu vi uma pequena, isso ai tá mais parecendo um protesto LGBT pela quantidade de “manas” e “manos” “empoderados”, de aposentados e em ultima analise um protesto em algum pais comunista pelo tanto de bandeira e cartas vermelhos.
    Bando de vagabundo, arruaceiros, sei que tu é fotografo do sindicato dos bancários, que tem uma profissão, até onde sei, mas querer impor as pautas do sindicato como sendo as pautas de todos os brasileiros é forçar a barra.
    A “greve geral” não passa de uma choradeira porque estão perdendo a boquinha do imposto sindical, agora vão ter que se mexer, assim que for liberado eu vou mandar cancelar a minha contribuição para o sindicato dos bancários e vou incentivar a maioria dos colegas que eu puder a não contribuir, esse sindicato pelego do banco, que joga com a vida dos funcionários, fazendo greve fake na época da eleição para não prejudicar a Dilmãe (onde podíamos ter conseguido um baita aumento, mas não uma semaninha de greve só pra não prejudicar a campanha da companheira Dilma.), e agora essa do ano passado, fizeram uma greve longa, que valeu por dois anos, NÃO É? Sim porque esse ano o banco pode deitar e rolar que estamos todos presos a um “acordo vantajoso” de dois anos sem greve.
    Bando de inútil no sindicato.

  4. “Greve geral ou greve sindical? Esses protestos são tão orgânicos e naturais quanto a Fanta Uva”. Lucas de Aragão.

    Dona Frida, aprenda como se faz uma frase inteligente.

  5. Vejam bem. O que deveria ser uma greve geral espontânea, da sociedade, daí legítima, vira na verdade uma ação pérfida de “acorrentamento” (pela imobilidade) de muitas pessoas no seu direito de não participarem da greve e de se movimentarem. Confusões e bloqueios nas ruas e estradas logo na primeira hora da manhã foram deliberadamente planejadas para incutirem medo na sociedade, e assim a sociedade não se movimentar para onde bem quisesse, até para trabalhar. Parar forçosamente os meios de transporte, da mesma forma. Uma vergonha.

    Isso deu legitimidade ao movimento? Onde? Em Júpiter? É assim que agem as máfias, os comunistinhas “libertários” sem cérebro e os bandidos do Marcola, todos esses não gostam de democracia.

    Uma minoria dentro do movimento pôs a perder todo o movimento. Não é isso que a sociedade apoia nem quer representado no poder.

    Fico comparando dois fatos simbólicos do que é legítimo e do que não é. Uma presidente caiu do governo com o apelo de milhões de pessoas que foram às ruas nos finais de semana e feriados, de forma pacífica, sem colocar fogo nem numa folha A4. Em contrapartida, os “salvadores da pátria”, dos “trabalhadores”, que se dizem trabalhadores, podem achar que barrando as saídas de ônibus podem dar legitimidade a uma greve, e colocando fogo em ônibus podem mudar alguma coisa. É engraçada a miopia dessa minoria e o pouco cérebro nas consequências.

    Mas voltando aos depoimentos citados e ao mundo de fantasia ideológico de sempre: parece que eles viram aparecer o coelhinho da Páscoa pilotando um UFO vermelho.

    Em suma: esse país realmente não tem jeito. Quebraram o país e agora querem salvar o país de quem mesmo? Deles mesmos? Nem o Chapolim Colorado nos salva mais. Inclusive o seu homônimo brasileiro é cada vez mais ilegítimo para essa função. Da última que se sabe dele vai ter de devolver parte das “tralhas” da nação que adonou, mesmo se considerando o mais “honesto”.

  6. “Histórico”? Seu Rosauro, seu Rosauro, menos, menos. Não puxe a bandeira que ela está bem rota. Mais uma greve dos mesmos vermelhinhos, ainda envergonhados, sem jeito, tímidos, com a quebradeira econômica que aprontaram no país. Estão sem legitimidade para representar a sociedade. A única “entidade” vermelha que sociedade aceita ver pela frente é o capeta, k k k … e mais ninguém.

    Dos grevistas, dois blocos muito evidentes. Um deles em que somam-se os que são contra a reforma trabalhista porque acabou com a mamata do fim do imposto sindical obrigatório, farto sem esforço, e a outra parcela são os com medo de cairem na real, de perderem as mordomias no funcionalismo público que sempre tiveram. O discurso é lindo, como sempre, já a intenção é corporativista e ideológica. Mas não são eles que vão pagar a conta para manter as mamatas, claro.

    O segundo bloco: os “agitadores culturais”, uma minoria insignificante com comportamento tribal (que obviamente não é nem aceito pela maioria do outro bloco), apelando mais uma vez para violência, ilegalidade constitucional (barrando a liberdade de pessoas irem e virem) e atos criminosos (colocar fogo em ônibus é crime). Obviamente a sociedade também não esse bloco. Só prejudicou o movimento. O primeiro bloco citado sabe disso. Sabe que toda violência é ruim para o movimento, que mais uma vez perdeu credibilidade.

    Fico pensando … como podem se dizer trabalhadores essa minoria de criminosos? Uma coisa é a greve, outra é colocar fogo em ônibus e impedir as pessoas de circularem.

    É assim que se muda um país? Que “representatividade”, heim? Essa minoria insignificante tomou aulas com o Marcola?

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