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POLÍTICA. Vereadores de Santa Maria aprovam, por unanimidade, moção em “defesa do Banrisul público”

Bancários obtêm apoio dos vereadores de Santa Maria, contra uma eventual privatização do Banrisul. Moção foi aprovada ontem

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários

A Câmara de Vereadores de Santa Maria aprovou por unanimidade a Moção de Apoio em Defesa do Banrisul Público. A proposta foi apresentada pelo vereador Luciano Guerra (PT) nessa quinta-feira (6). Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, funcionários aposentados do Banrisul, metalúrgicos, rodoviários e comerciários acompanharam a sessão ordinária.

“Me solidarizo com o Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região para que possamos defender esta causa também aqui neste Legislativo. Devemos nos posicionar em defesa do Banrisul para que o mesmo não seja privatizado nem hoje nem nunca, pois sabemos o que acontece com os trabalhadores nas empresas privatizadas. Infelizmente temos tristes lembranças do governo Britto”, disse Guerra.

O Banrisul é uma instituição com solidez e lucratividade comprovadas. Ano passado, teve lucro de R$ 659 milhões, com patrimônio líquido de R$ 6,7 bilhões. Em 2015, o lucro foi ainda maior, alcançando R$ 848 milhões.

O banco está presente em 430 municípios gaúchos, dos quais 96 de forma exclusiva (ou seja, são municípios que não dispõem de outras agências, seja de instituições públicas ou privadas). O Banrisul é um dos principais responsáveis por fomentar o desenvolvimento da agricultura, sobretudo, da agricultura familiar.

“O Banrisul presta atendimento onde os demais bancos comerciais não visam lucros”, alegou Guerra.

O diretor do Sindicato dos Bancários, Tadeu Menezes, comemorou a aprovação da moção de forma unânime.

“Os parlamentares entenderam o motivo da moção em função de que os bancos privados, com certeza, não ficam nos municípios pequenos. Sem a presença do Banrisul, a arrecadação diminuiria”, explica.

Menezes também afirma que este é o momento para buscar mais moções de apoio em outras Câmaras de Vereadores da região. O objetivo é ampliar a defesa pelo banco público.

“Temos vários exemplos de instituições que foram privatizadas e não trouxeram o benefício esperado. Aqui no Estado, normalmente nos governos do PMDB, ocorrem ondas de privatizações e não se melhora o problema de caixa. Veja o exemplo do Banerj, no Rio de Janeiro, que foi vendido e hoje o Estado está quebrado”, sentencia o dirigente sindical.

O Banrisul foi criado em 1928, durante o governo de Getúlio Vargas, para atender os proprietários rurais do Estado que precisavam de empréstimos para suas atividades. Décadas depois, o governador Leonel Brizola tornou o banco patrimônio público gaúcho.

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2 Comentários

  1. Alguns dos ilustres cidadãos dessa terra já passou uns tempos no Estado de São Paulo? Por que lá as coisas andam, se é interior ou capital? Por que os empreendedores estão lá? Por que não choram a venda do Banespa? Por que pagam por estradas de concessão privada sem choro? Porque funciona. Porque têm retorno. Porque não estão preocupados com a “salvaguarda” das instituições públicas, e sim com o retorno para todas as pessoas que moram lá, não para uma minoria, os funcionários delas.

    Esse Estado tem muito apego bobo histórico a instituições de gestão pública, mesmo agora quebradas ou caras. Parecem ainda viver nos tempos que isso valia alguma coisa. Não vale. Não funciona. Estados e municípios devem gerir saúde, educação e segurança públicas, precisam usar os impostos para isso, precisam pagar bens professores e profissionais da segurança e saúde.

    Mas se nem isso conseguem fazer, tem algum sentido racional administrar silos e armazéns (aliás, quebrados)? Bancos? Carvão? TV? Água? Energia? Telefone? Pelaamordedeus… isso não existe. Não é à toa que esse estado não anda, nunca vai ser um São Paulo, rico, vibrante, inovador. Estamos quebrados. Ineficientes. Pagamos caro os impostos. Não temos estrutura para sermos atraentes para quem gera riqueza e empregos. Pagamos por estradas que continuam ruins. Foi o estado que mais caiu pontes e pinguelas administradas por eles mesmos nos últimos 20 anos.

    E o básico: saúde, educação e segurança, os salários estão atrasados. E vai atrasar cada vez mais. Mas mudanças na estrutura de gestão pública para se cair na real, que é bom, não. Preferem olhar para o passado que não coloca comida na mesa. Isso não é um problema cognitivo? E uma turminha aí quer separar o RS do Brasil. E o que vai sobrar para administrar esse estado falido de cabeças que não enxergam para a frente?

  2. Muito chororô e nenhum resultado prático ou de mérito.

    Se não querem que o Estado venda, então corram a sacolinha e ajudem a pagar os bilhões de precatórios em haver e os depósitos judiciários que o vermelhinho do seu Tarso usou quase todo. Paguem o meio bilhão de passivos da CESA e outras coisas tantas, também.

    Esse dinheiro que se arrecadaria com a venda do Banrisul faz mais falta a milhões de cidadãos que o Estado tem dívidas a pagar do que favorecer a estabilidade de uma minoria, os empregados. È só isso para que serve o banco hoje. Ah, o passado? Já era. Inclusive o Banrisul como instituição privada funcionará melhor que hoje. É um banco comum, que inclusive não tem versão mobile para empresas ainda, um fiasco.

    É uma mera ação populista que defende a manutenção de uma instituição de gestão pública, pois não fará falta nenhuma. Querem isso mesmo? Então paguem a conta, não repassem-na para a sociedade.

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