REAJUSTE. Municipários usam o perfil no Feicebuqui para reclamar da ‘falta de diálogo’ e criticar Prefeitura
Por MAIQUEL ROSAURO (com imagem do Feicebuqui), Especial para o Site
A campanha salarial dos servidores da Prefeitura de Santa Maria ganhou um novo tom nessa terça-feira (18). Após o Executivo anunciar no fim da tarde de segunda (17) o reajuste de 6,29%, o Sindicato dos Municipários manifestou-se publicamente de forma contrária ao índice. A entidade inclusive criticou a falta de diálogo com o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB).
Em seu perfil no Facebook (imagem acima), o Sindicato dos Municipários divulgou o texto “Velhas práticas renovadas” no qual comparou o estilo de negociação de Pozzobom com o do ex-prefeito Cezar Schirmer (PMDB) (leia abaixo).
Na tarde desta quarta (18), a diretoria da entidade irá se reunir a fim de marcar uma assembleia. O objetivo é expor a situação para a categoria, que deve votar se aceita ou não o índice proposto.
“O que nos chateou bastante foi que combinamos com a Prefeitura de discutirmos o índice antes de ser enviado à Câmara. Gostaríamos que houvesse um diálogo para construirmos um percentual que valorizasse a categoria e também contemplasse o vale-alimentação, que não é reajustado há três anos”, explica o presidente dos Municipários, Renato Costa.
Abaixo, confira o texto publicado originalmente no perfil dos Sindicato dos Municipários na tarde dessa terça. A reprodução aqui no site foi autorizada pelo presidente Renato Costa:
Velhas práticas renovadas
O Sindicato dos Municipários de Santa Maria vem por meio deste, posicionar-se frente à decisão austera e impositiva do atual prefeito, que intitula-se como “RENOVAÇÃO”, sendo que renovar tem como semântica: “Fazer novo de novo, mesmo de algo velho, destruído ou quase no fim…”, mas o que estamos constatando é que continua tudo a mesma coisa.
No segundo semestre de 2016 o povo santa-mariense muito ouviu falar em Renovar para crescer, mas até o presente momento, o que estamos constatando é a continuidade das “Velhas Práticas” utilizadas nos oito anos do desastroso Gov. Schirmer, pois a relação de diálogo Prefeito x Servidores ficou só na promessa, novamente.
Na única reunião, até o presente momento, com o Sindicato dos Municipários, o atual prefeito ficou ciente da real situação dos servidores municipais, sendo enfatizado à defasagem salarial, auxilio alimentação e plano de saúde. Na ocasião, foi solicitado pelo atual prefeito um prazo para a conclusão da análise do índice de Reposição Salarial e, assim que o estudo fosse finalizado chamaria o Sindicato para apresentar a proposta e discutir, o que não aconteceu. Anunciou o índice de 6.29%, com muita pressa, irá encaminhar à Câmara de Vereadores não permitindo chance de dialogo com os sindicatos.
Assim só podemos concluir que o “PREFEITO DA RENOVAÇÃO” está seguindo o que foi deixado a ele como herança pelo seu antecessor, as velhas práticas nefastas e autoritárias.
ENTENDA:
Dentre as questões apresentadas “EM REUNIÃO”, cercada de promessas, gentilezas e lives para as redes sociais, foi exposto ao gestor a situação referente ao Auxílio Alimentação que não tem reajuste há 3 anos. E na proposta que será encaminhada à Câmara este beneficio não será contemplado, mais uma vez.
O índice apresentado como Revisão Geral Anual de 6.29%, não É AUMENTO SALARIAL, é somente reposição inflacionária do ano anterior.
O menor piso salarial pago atualmente na Prefeitura e que serve como parâmetro para os demais padrões é de R$ 581,77, ou seja, bem abaixo do salário mínimo nacional. Com o índice apresentado de 6.29%, o menor salário terá um reajuste de R$ 39.59, portanto sem aumento haverá somente uma diminuição do complemento salarial para aqueles servidores que recebem salários abaixo do mínimo nacional.
Negociar e dialogar com as entidades representativas é preciso, manter a palavra dada é demonstração de seriedade e lealdade. Se assim não for, renovamos apenas o agente político.
Pelo menos o Sindicato acordou. Mas começo a desconfiar que ,realmente, o sr. Jorge é uma continuação do governo do cezinha e chanceler. Que triste…
Vocês dialogam com a sociedade para nos atender melhor?