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A casa caiu – por Luciana Manica

Em tempos de violência e insegurança passamos a acreditar que o nosso lar é nosso porto seguro. Pessoas começaram a comprar pela internet os mais variados itens; confesso que até biquíni já entrou na minha lista (ok, nem sempre acerto, mas o problema deve ser o meu corpinho, claro).

Atualmente você pode fazer o “super” pela rede mundial de computadores, escolher o tipo de cebola, carne e até ovos caipiras. A facilidade na compra de eletrônicos, passagens, livros, etc é maior ainda.

Os relacionamentos virtuais passaram a ter mais “calor”, fogosidade que os encontros pessoais. Talvez pela possibilidade de se conectar com mais de uma ao mesmo tempo, ou ser outra pessoa que não você naquele momento. Vá saber, cada um com a sua preferência. Eu sou da época que “a pegada” é insubstituível, mas os tempos mudaram.

Voltando ao nosso mundinho virtual que, na verdade, é a nossa vida real atual. Você acha que está controlando as suas vontades na internet; que quer selecionar um sapato em detrimento de outro; que quer comprar a passagem pelo valor mais em conta ao fazer uso dos sites de busca; que muda sua opinião de forma estratégica ao verificar a possibilidade de um segundo turno nas eleições; que acredita que seu juízo está certo porque na sua timeline só aparecem declarações no mesmo sentido que o seu pensamento.

Resumo, você acha que no seu mundinho dos seus dispositivos eletrônicos você comanda seus atos. Mas você sequer escolhe se clica ou não, se compra este por aquele, se segue esta ou aquela pessoa; você está constantemente sendo induzido, os resultados e as informações estão sendo selecionadas para que você “se convença” de qual opção deve ser seguida.

Esse comando se dá por meio de algoritmos, que são utilizados nas mais variadas áreas, como no marketing, na política, na distribuição dos processos judiciais, etc. Algoritmos são passos para se chegar a um resultado, a um fim.

Tecnologias impulsionadas por algoritmos e inteligência artificial são cada vez mais presentes em nossas vidas, necessitando atenção não só dos usuários, mas exigindo limites legais a ponto de não ficarmos reféns, passando a “codificar nossos pensamentos”.

Não estranhe se você era louco por uma loira e agora só quer morenas (ou morenos), rsrsrs. Se camping nunca foi a sua parada, mas agora você está armado até os dentes para encarar uma dessas. Se era ateu e partirá para um ano sabático. Se você está enlouquecendo eu não sei, mas que esses comandos trazem à tona informações fazendo com que você mude a sua escolha, nesse ponto, tenho certeza!

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