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E AGORA? Minoria, esquerda busca nomes além de Lula. PMDB e PSDB querem quem conclua “reformas”

Protesto acontecido no dia 24, antes dos confrontos que fizeram Temer chamar (e depois des-chamar) as Forças Armadas (foto Reprodução)

Por AFONSO BENITES e TALITA BEDINELLI, na versão brasileira online do jornal EL PAÍS

Em Brasília, diante da crise política do Governo Michel Temer, cada lado trabalha para emplacar o cenário no qual pode ter mais vantagens. Enquanto a oposição ao Governo se articula nos bastidores para costurar a sucessão via eleições diretas, os governistas, incluindo o PSDB, se organizam para emplacar um próximo nome via eleições indiretas. Se o segundo lado tem a força política, com a maioria no Congresso capaz de garantir que sua vontade seja feita, o primeiro quer acordar as ruas, e começa a se mobilizar pelo grito de “Diretas Já”. Mas quais são os cenários por trás de cada posição?

Reunidos em uma frente única, que pede a saída imediata do presidente e eleições diretas, estão seis partidos, que em várias votações recentes atuaram em campos opostos: PT, PSOL, Rede, PDT, PSB e PCdoB tentam aprovar de forma relâmpago uma mudança constitucional que permita, caso Temer caia, que seu sucessor seja decidido por voto popular. Atualmente, a Constituição prevê que caso a vacância do cargo de presidente e vice-presidente aconteça nos dois últimos anos do mandato, as eleições sejam feitas pelo colégio eleitoral (513 deputados e 81 senadores).

Atualmente, duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que pretendem mudar isso tramitam no Congresso. Uma, na Câmara, quer que haja eleições diretas quando a vacância ocorre até seis meses antes do final do mandato e está sendo obstruída pelos governistas. A segunda, mais próxima da votação no Plenário, está no Senado, e permite eleições diretas nos três primeiros anos do mandato vago -este cenário, entretanto, só valeria para Temer se ele saísse ainda neste ano, algo difícil caso a queda se dê por um processo de impeachment, mais longo. Em ambos os casos, o eleito cumpriria um mandato-tampão até as eleições de 2018. Na PEC do Senado ainda há uma regra que prevê que, se aprovada, ela seria imediatamente válida, limando a necessidade de que se espere um ano para a aplicação da mudança, como prevê atualmente a legislação eleitoral.

Qualquer um dos dois cenários dificilmente prosperará no Congresso no cenário atual. Os parlamentares que preferem eleições diretas formam uma minoria e perdem para partidos que sabem que seus nomes têm muito mais chances de chegar à Presidência se escolhidos pelos próprios parlamentares. A situação só muda, afirma a própria oposição, se a pressão das ruas for grande. Por isso, eles articulam protestos como o da última quarta-feira, com as centrais sindicais, que acabou em violência na Esplanada dos Ministérios, e o…”

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2 Comentários

  1. Eleição direta agora, infelizmente, daria chance para criminosos ganharem foro privilegiado e outros que já têm, aumentar mais ainda o tempo de fôlego. Precisaria antes limpar, colocar na cadeia quem merece e julgar todos os que têm foro privilegiado para ver quem “sobra” antes de se fazer eleições. Um “mutirão” no STF para esses julgamentos bem que poderia acontecer, para o bem da sociedade.

    São tempos difíceis.

  2. Com certeza reformas são urgentes e importantes, inclusive a reforma política. Também é preciso acabar com o foro privilegiado.

    E extinguir todos os partidos atuais, pois boa parte deles virou quadrilha. Se os próprios integrantes dos partidos não têm coragem de fazer uma limpeza ética neles, que sejam extintos.

    Com certeza o Temer deveria ter saído com a Dilma já no impeachment (teria acontecido se a lei fosse decente). Agora mais motivos para ele pedir a conta.

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