EXTRA. Ponte das Tunas é interditada pela Brigada
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto da Brigada Militar), da Equipe do Site
A ponte sobre o Rio Vacacaí, no Passo das Tunas, entre Restinga Sêca e Formigueiro, foi interditada na noite de sábado (6) pela Brigada Militar. A medida foi tomada para evitar acidentes.
A ponte de ferro está localizada na ERS-149 e possui base de madeira. Por ser uma rodovia estadual, o trecho é de responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
De acordo com fotos registradas pela Brigada Militar na noite de sábado, a ponte apresenta pedaços de madeiras soltas e buracos. Uma equipe da Prefeitura de Restinga Sêca irá vistoriar o local ainda na manhã deste domingo (7).
Até o momento, não há previsão de quando o bloqueio será encerrado. Em 10 de abril, o trânsito no local já havia sido interrompido pelo mesmo motivo.
Esse é o estado do nosso Estado. Quebrado, falido há décadas, sem caixa para pagar as contas em dia, empurrando com a barriga as melhorias e a manutenção da infraestrutura para ver até onde dá , ou seja, reativo, não preventivo, porque não tem dinheiro. Eis a importância do superávit nas contas públicas, pois com dinheiro no bolso pode-se consertar antes que aconteçam problemas mais sérios. E mais, com superávit se avançaria na qualidade da infraestrutura que atrairia investidores porque as coisas funcionariam bem ou melhor. Como atrair investidores (e os empregos consequentes) se a infraestrutura parou no tempo?
Essa ponte é o símbolo das consequências de uma soma de incompetências e visões ideológicas, por décadas, de pessoas medrosas no comando do Estado, com medo de serem impopulares, adiando ou não fazendo reformas de necessidades crassas. Por culpa da pressão, também, de uma montanha de pessoas e partidos desconexos da realidade, que fazem força contra as mudanças para melhorar, reticentes quanto a necessidade de reformas que modernizariam o Estado para aumentar a produtividade e a qualidade dos serviços essenciais. Parece que não gostam que as coisas melhorem, isso é até uma doença. Também contrárias a vendas de “bens que são nossos”, bens com passivos enormes para se pagar, logo, do nosso bolso, e só pioram a qualidade do serviço público. Com certeza da venda dos paquidermes se melhoraria muito os serviços e ajeitaríamos boa parte das contas atrasadas.
Em pleno século XXI, é inadmissível que tenhamos pontes nesse estado no Estado que já foi exemplo de qualidade de vida para os outros. Não é fato isolado e não é de hoje. Estamos com os bolsos furados, ineficientes, parados no tempo, fazendo sempre a mesma coisa do mesmo jeito, errado porque comprovadamente não funciona, caminhando para um buraco sem fundo. Ou caindo ponte abaixo.