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KISS. Vereadores aprovam moção para sensibilizar Pozzobom por Memorial na avenida Rio Branco. Mas…

Vereador Luciano Guerra defendeu a moção de apelo e recebeu o apoio dos diretores da AVTSM, Flávio da Silva (C) e Sergio Silva (D)

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Fabrício Vargas/Divulgação), da Equipe do Site

A Câmara de Vereadores aprovou na tarde dessa quinta-feira (4) a moção de apelo que solicita a liberação de uma área no canteiro central da Avenida Rio Branco para a construção de um memorial em homenagem às vítimas da Boate Kiss. A proposta foi apresentada pelo vereador Luciano Guerra (PT) e visa sensibilizar o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) a autorizar a obra.

Antes da moção ser defendida por Guerra, diretores da Associação de Familiares de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) expuseram a situação na Tribuna Livre. O presidente da associação, Sergio Silva, foi o primeiro a solicitar o apoio dos parlamentares.

“Essa Casa deve isso a gente por aquela CPI maldita, politicamente malfeita”, afirmou Silva, referindo-se a uma CPI feita pela Câmara após o incêndio e que foi conduzida apenas pelos vereadores de situação.

Na sequência, o vice-presidente da AVTSM, Flavio da Silva, destacou que o memorial será importante para não deixar a tragédia cair no esquecimento.

“Já fizemos uma reunião com o prefeito. A princípio ele é contra o memorial na Avenida Rio Branco, sendo que não vai gerar gasto público”, relatou na tribuna.

A iniciativa partiu do adolescente Davi Vontobel, 17 anos, com projeto do arquiteto Zé Barbosa, do escritório Lineastudio Arquiteturas. A ideia também é apoiada pela publicitária Jaqueline Adams e pela AVTSM.

O projeto foi feito de forma voluntária e terá custo de R$ 450 mil. O valor será captado através de financiamento coletivo pela internet. O memorial terá 16 metros de altura com o nome de cada uma das vítimas escrito em suas paredes. À noite, os nomes irão refletir em uma luz interna, que brilha em direção ao céu. Já durante o dia, os nomes irão aparecer em baixo relevo nas placas do memorial.

Prefeitura primeiro irá desapropriar o prédio da boate

De acordo com a Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Santa Maria, o prefeito está ciente do projeto do memorial da Avenida Rio Branco. Todavia, primeiro Pozzobom irá resolver a questão da desapropriação do prédio da boate Kiss, local onde deve ser construído outro memorial.

Na manhã desta sexta (5), o tucano terá uma reunião com advogado Paulo Henrique Corrêa da Silva, que representa a Econn Empreendimentos de Turismo e Hotelaria, proprietária do prédio. A empresa pede R$ 4,5 milhões pelo imóvel e está disposta a negociar o valor e as formas de pagamento.

Engenheiros e arquitetos estranham aprovação da moção

As galerias do plenário da Câmara receberam vários servidores nessa quinta (4), sobretudo, engenheiros e arquitetos que procuravam acompanhar a votação do projeto que prevê a contratação de 28 cargos de confiança (CCs) para atuar na Superintendência de Elaboração de Projetos. Eles acompanharam com estranheza a aprovação da moção de apelo em favor do memorial.

“O projeto passou pelo Fórum Técnico do Instituto de Planejamento (Iplan) e não foi aprovado. Aquele local é zona 2 do Plano Diretor e ultrapassa a cota da Catedral, que é o máximo daquela região”, relata a presidente do Núcleo do Instituto de Arquitetos do Brasil de Santa Maria, relata Lidia Rodrigues.

Os servidores também entendem que tendo sido escolhido um local público para receber o memorial, o correto seria realizar um concurso público para selecionar o projeto.

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4 Comentários

  1. Não é ideia da Câmara, mas a Câmara tem obrigação de solicitar ao prefeito a liberação de um espaço público. Foi só isso que a Câmara fez. Não vai sair um centavo da Câmara nem um centavo dos caixas públicos da prefeitura.

    A iniciativa é de um jovem e um arquiteto, com apoio de uma publicitária. Iniciativas pessoais, de um grupo não político, não partidário, não de um órgão público. Com apoio dos próprios pais das vítimas.

    Cara? Como os recursos virão da contribuição espontânea, contribui quem quiser, quanto quiserem. Depois de um certo tempo se o arrecadado não for suficiente, o projeto pode ficar mais “modesto”, isso é da vida. Aliás, poderia custar um bilhão, mas se tem quem pague, qual é o problema? Não saindo dos cofres públicos, não tem o que reclamar, seu Brando.

  2. Camara de Vereadores continua uma chinelagem.
    Projeto voluntário que custa 450 mil?
    16 metros de altura? 5 andares? Como vão escolher o nome de quem vai em cima e quem vai embaixo?
    É mais um monumento a megalomania de alguns.

  3. Se ficou evidente que os familiares apoiam o projeto, inclusive pela repercussão nula nas contas públicas, o prefeito seria contra esse projeto da Rio Branco, por quê?

    Vai querer manter o dele (a desapropriação milionária paga com os recursos de toda a sociedade), por quê?

    Teria de se abrir uma CPI se o prefeito decidir o contrário do que o lado racional evidencia como a melhor proposta, em todos os aspectos, o lindo. simples e merecido projeto da Rio Branco aos familiares.

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