JudiciárioPolítica

NO ATAQUE? Usando perícia de jornal amigo, Temer pedirá suspensão de inquérito que corre no Supremo

No portal do CORREIO DO POVO, com informações da Agência Brasil e foto de Reprodução

O presidente Michel Temer (foto ao lado)voltou a discursar na tarde deste sábado sobre as acusações da deleção do empresário Joesley Batista. Temer questionou o áudio da gravação da conversa que teve com Joesley e anunciou que entrará com uma representação para suspender o inquérito aberto no Superior Tribunal Federal (STF).

A defesa de Temer se baseia que o áudio publicado da conversa foi editado e pedirá a suspensão até que seja feita uma perícia no grampo. “Li hoje notícia do jornal Folha de São Paulo de que perícia constatou que houve edição no áudio de minha conversa com o sr. Joesley Batista. Estamos entrando com pedido para suspender o inquérito até que seja feita a perícia o grampo”, afirmou Temer no começo de seu discurso.

Embora tente desqualificar o áudio, Temer afirmou que a gravação mostra que ele não pediu para que uma mesada fosse paga para manter o silêncio de Cunha. Na sequência, Temer fez acusações de que Joesley Batista estava agindo motivado pelo fato de não ter obtido em seu governo as vantagens que tinha com Lula e Dilma.

“O que ele fala em seu depoimento não está no áudio. O que está no áudio demonstra que ele estava insatisfeito com o meu governo. Essa é a prova de que o meu governo não estava aberto a ele. Nós estamos fechando as portas para os oportunistas e isso incomoda. Querem voltar ao tempo em que faziam tudo com dinheiro público. Muitos falam que dei aval para comprar o silêncio de um ex-deputado, mas nada disso está nas gravações”, disse o Temer.

Sobre os crimes relatados pelo empresário na conversa, Temer disse que não se manifestou de forma contrária, pois não acreditou na veracidade dos fatos narrados por Joesley Batista. “Não acreditei na narrativa do empresário de que havia comprado procurador, etc. Ele é conhecido como falastrão”, completou.

Segundo o Ministério Público Federal, em encontro com Joesley Batista, Temer deu aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro, ambos presos, para que continuassem em silêncio. O áudio da conversa, gravada por Joesley, foi disponibilizado na última quinta-feira. Após a divulgação, o presidente Michel Temer e assessores avaliaram que o conteúdo da conversa não incrimina o presidente.

PGR

Ao enviar o pedido de abertura de investigação sobre o presidente ao STF, a PGR informou ao ministro Edson Fachin que o áudio foi analisado de forma preliminar “sob a perspectiva exclusiva da percepção humana”. De acordo com o processo, “não houve auxílio de equipamentos especializados na avaliação dos áudios.

Na decisão em que autorizou a investigação contra Temer, Fachin não analisou a legalidade da gravação sob o ponto de vista de possíveis edições. O ministro entendeu que Joesley Batista poderia gravar sua conversa com terceiros.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

3 Comentários

  1. “Perícia do jornal amigo”? k k k … É cada uma que leio.

    A que ponto chegamos. Foi necessário uma simples equipe jornalística com pés no chão para fazer o óbvio, testar a real mveracidade da fonte, pois senão não há fato. Meio fato não vale, não é editor? Admira-me a PGR, composta de pessoas que se dizem competentes e ganham um salário excelente para isso, enviou ao ministro do STF um retalho, e o ministro aceitou o retalho como prova. Não é de se acreditar. Mas o problema é que o “jornal é amigo”. k k k …

  2. Outro aspecto é o desespero da Rede Globo. A gravação não era bem o que tinha sido anunciado no início, a reportagem foi instrumental para uma possível operação com informação privilegiada no mercado, o vazamento foi feito com exclusividade…

  3. Ou seja, PGR não periciou a bagaça antes de mandar adiante e o Fachin aceitou. Imagino o que aconteceria se um advogado, por um motivo qualquer, apresentasse uma gravação editada como prova.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo