OPINIÃO. Maiquel Rosauro – até quando ficaremos de braços cruzados esperando a violência bater na porta?
“…A falta de efetivo em diversos órgãos e a ausência do Estado em bolsões de pobreza na periferia da cidade foram apontadas como as principais causas da violência urbana. Porém, o tenente coronel Ricardo Hofmann, comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), foi além e apontou questões que geralmente não são discutidas pela sociedade.
“O modelo dos jovens muitas vezes é o bandido, o ex-presidiário que cometeu crimes e saiu da cadeia. Infelizmente, não temos autoridades como modelo a ser…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Quais as causas da violência em Santa Maria?”, de Maiquel Rosauro. Ele é jornalista, pós-graduado em Finanças, assessor de imprensa do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, desde 2008; sócio-proprietário da empresa Plano Comunicação, desde 2010; assessor de imprensa da Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), desde 2011.
Até quando ficaremos olhando a violência bater na nossa porta?
Até as contas públicas se acertarem, seu Mauro.
Até que se venda o monte de paquidermes brancos, seu Mauro, que há décadas ajudam a fazer as contas públicas estarem no vermelho, impedindo investimentos certos e necessários em saúde, segurança e educação, o básico do básico.
Até que se reforme o Estado, seu Mauro. Até que se enxugue ao máximo os cargos comissionados. Até que se acabe com os mordomias do serviço público caro e ineficiente, até o dia que se acabe com os salários acima do teto e o auxílio-moradia de juízes e desembargadores, por exemplo.
Até que o dia que homens e mulheres tomem vergonha na cara e só tragam filhos ao mundo de forma responsável, que possam dar a eles educação e responsabilidade pela vida deles e a dos outros.
Até que esse país tome vergonha na cara e faça todo mundo ir a uma boa escola de qualidade, para que as pessoas tenham esperança de serem alguém na vida e não precisem apelar para drogas e crimes para sobreviverem.
Não existe milagre, seu Mauro.
Existe um grande problema sistêmico, seu Mauro, desde contas públicas que não têm como melhorar com tanta força contrária do corporativismo das várias classes de servidores, passando pelos paquidermes brancos inertes que muitos esquizos fazem força para não serem privatizados, até a falta de responsabilidade dos cidadãos com a educação dos seus filhos.
Sim, precisamos de mais policiais nas ruas, mas quem “paga a pensão”? Vamos colaborar ajudando a consertar as contas públicas? Isso já seria 70% do caminho.