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Mídia grandona. Ex-revista Veja é absolvida na Justiça por chamar Marta Suplicy de “perua”

Não existe, até onde sei, estatística que indique quantas ações a mídia (grandona, que se acha ou pequena) perdeu na Justiça – impetradas por fontes ou leitores. A verdade é que ganham mais visibilidade aquelas em que os veículos são os perdedores. Especialmente quando envolvem gente conhecida. A “culpa” por isso talvez seja da própria mídia, que não gosta de noticiar quando ganha, muito menos quando perde.

 

Assim, ganha peso esta que vou reproduzir agora. Foi uma vitória obtida pela Editora Abril, que abriga entre seus negócios a ex-revista Veja. É verdade que ainda em primeira instância, mas o fato é que a editora não precisará indenizar a ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy, por tê-la chamado de “perua”. Confira os detalhes:

 

“Estilo pessoal – Veja não tem de indenizar Marta por chamá-la de perua

 

A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, não conseguiu indenização da revista Veja por ter sido chamada de perua. Os desembargadores da 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça paulista acolheram o recurso da revista e reformaram a decisão de primeira instância, que havia condenado a Editora Abril a pagar R$ 35 mil a Marta. Cabe recurso.

 

Segundo o desembargador Donegá Morandini, a expressão perua, usada pela revista ao se referir a Marta Suplicy, não foi usada com a intenção de ofender. “A expressão ‘perua’, no contexto da matéria, foi nitidamente empregada para destacar o estilo pessoal da apelada, marcado, neste particular, pela elegância no vestir”, afirmou o desembargador.

 

Morandini afirmou, ainda, que o termo utilizado para se referir à ex-prefeita de São Paulo não é inédito, já que a revista Época também a chamou de “perua paulista”. Para o desembargador, a expressão só foi utilizada para reforçar o estilo pessoal de Marta. Para reformar a decisão contra a revista Veja, Morandini também levou em conta o fato de a ex-prefeita não ter reagido quando o termo foi utilizado pela Época.

 

Os advogados Alexandre Fidalgo e Paula Luciana de Menezes, do escritório Lourival J. Santos Advogados, que representaram a revista, afirmaram que essa não é a primeira vez que a ex-prefeita entra com uma ação contra a revista pelo uso do termo. Em outra ação, julgada improcedente em primeira instância e aguardando decisão do recurso no tribunal, a ex-prefeita contestou o título da notícia…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Veja não tem de indenizar Marta por chamá-la de perua”, de Marina Ito, no sítio especializado Consultor Jurídico.

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