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Saída? Partidos tentam salvar reforma política, e ela pode vir através das “listas híbridas”

O fato é que, lamentavelmente (é minha opinião), a proposta de listas pré-ordenada de candidatos aos pleitos proporcionais (deputados e vereadores) subiu no telhado. Isto é, como deveria ser, não será. E uma alternativa está sendo buscada pelos interessados (sim, eles existem) em salvar a reforma política.

 

A idéia original era, garantida a prioridade aos atuais detentores de mandato (pelo menos no primeiro pleito), que os eleitores não mais votariam em nomes de candidatos, mas nos partidos. Isso, claro, fortalece as agremiações, em detrimento das pessoas. Pelas mais diversas razões, a maioria delas (admita-se) legítimas, o sentimento majoritário na Câmara dos Deputados era de contrariedade, na quarta-feira. Por isso, e para evitar uma derrota acachapante, optou-se por transferir a discussão para a próxima semana.

 

A partir de então, começou-se a discutir a possibilidade de uma alternativa. Há mais de duas centenas de emendas, que deverão ser consolidadas numa proposição única (é o que se imagina, ao menos). E que seja capaz de angariar os votos da maior parte dos deputados. Os dois lados, claro, precisam conceder.

 

Por enquanto, o que aparentemente está surgindo como consenso (ou quase isso) seria a proposta de listas híbridas. Se não entendi mal (os caras não explicam muito bem, desculpa), o eleitor continuará votando em lista. E escolherá, portanto, um partido. Mas terá a oportunidade, se desejar, de escolher também um candidato pessoal – desde que da mesma sigla escolhida. Por isso o tal hibridismo.

 

Complicado? Provavelmente. Mas fácil de entender, depois de uma ou duas lidas. E que dependerá dos partidos para se popularizar. Garantia de que será essa a proposta final, ninguém tem. Mas ao menos estão pensando em salvar alguma coisa da reforma política. E isso é bom, penso. O que não pode é ficar como está. Disso não tenho dúvida.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Deputados agora estudam flexibilizar lista partidária”, de Luciana Nunes Leal e Denise Madueño, publicada pel’O Estado de São Paulo.

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