“…As medidas macroeconômicas não são ergonômicas, não têm como parâmetro o indivíduo, aquele que batalha no dia a dia o seu sustento, o pacato cidadão. Justamente aquele que, por só dispor de sua força e sua energia, depende do Estado para garantir as condições mínimas de dignidade.
No entanto, deixando a tragédia grega de lado e olhando a tragicomédia – quase uma pornochanchada – brasileira, não está longe o que se vê por aqui. Quando a coisa aperta em termos de PIB, inflação anual, déficit primário, balança comercial, vale o ditado popular: farinha pouca, meu pirão primeiro. E se quem governa é farinha do mesmo saco, aí mesmo é que não sobram migalhas para o populacho. Cortes dos gastos públicos são, na verdade, feridas que demoram a cicatrizar. É medida mais letal do que a recessão. Segundo pesquisas realizadas por especialistas das universidades de Oxford (Inglaterra) e Stanford (EUA), as decisões…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “De como matar um país s”, e também outra nota (“O livro que li”), de Orlando Fonseca. Orlando é professor titular da UFSM – aposentado, Doutor em Teoria da Literatura, PUC-RS, e Mestre em Literatura Brasileira, UFSM. Exerceu os cargos de Secretário de Cultura na Prefeitura de Santa Maria e de Pró-Reitor de Graduação da UFSM. Escritor, tem vários livros publicados, foi cronista dos Jornais A Razão e Diário de Santa Maria. Tem vários prêmios literários, destaque para o Prêmio Adolfo Aizen, da União Brasileira de Escritores, pela novela Da noite para o dia, WS Editor; também finalista no Prêmio Açorianos, da Prefeitura de Porto Alegre, pelo mesmo livro, em 2002.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esta nota é reprodução da internet, da carta do suicida grego citado textualmente na crônica.
Não foi o remédio que quebrou a Grécia, a Grécia quebrou por ela mesma, por incompetência, por aumento gigantesco do déficit público.
E estávamos indo para o mesmo caminho com gente vermelhinha no poder, com a dívida trilionária da Previdência que só aumenta, exatamente porque aqui tem gente que “viaja na maionese” e não tem coragem para acertar as contas e fazer reformas, doa a quem doer.
Mas já sabemos pelo colunista que já tem um culpado para tudo: o remédio.
A Grécia quebrou porque governos, um atrás do outro, populistas de araque, gastaram muito mais do que arrecadaram, só aumentando o déficit público. Políticos populistas foram incompetentes no governo. A Grécia quebrou porque tinha (ainda tem) uma massa de funcionários públicos corporativistas e com estabilidade que complicaram as reformas. A Grécia quebrou porque tinha políticas públicas sociais impagáveis.
E é óbvio que pediu dinheiro emprestado, e a Europa burra emprestou. Foi emprestado dinheiro a eles de forma avassaladora e inclusive irresponsável, pois são maus pagadores, demoram a consertar as contas públicas. A taxa de juros do empréstimo foi de pai para filho.
Seu “Jorge” é um herói, encara qualquer texto. “Medidas macroeconômicas não são ergonômicas” iria fazer sucesso em qualquer faculdade de economia. Estudos obscuros do Bossoroca’s Institute of Faded Letters and Occult Sciences, parece um quadro do Casseta e Planeta. RsRsRsRs
De “como matar um país” os vermelhinhos entendem muito bem. Mataram com o Brasil, mataram com a Venezuela, mataram com a Argentina, etc… Estão matando com o RS sendo teimosos contra as reformas que ajeitariam as contas. Mas não mexam na patuleia minoria de uma minoria que mama nos grandes úberes das estatais. Mas o problema é a cartilha neoliberal, que não consegue sair do papel. Que interessante.
E estão querendo voltar para aumentar os gastos públicos e o rombo, empurrar com a barriga o grande déficit abissal da Previdência, para manter leis trabalhistas arcaicas e uma justiça do Trabalho cara e ineficiente, e os sindicatos mamando nos úberes de todo mundo. Querem voltar para quê, mesmo? Para piorar mais do que já está?