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Superescândalos. Para menos de um anual, seis em apenas cinco meses. Como explicar?

O período democrático moderno do Brasil é contado a partir de fins de 88. Mais exatamente de 5 de outubro daquele ano, data da promulgação da chamada Constituição Cidadã. Pois, desde então, e não chegamos ainda a duas décadas, já foram anotados 20 superescândalos no Congresso, segundo levantamento feito pelo G1, o portal de notícias da Globo.

 

Para ficar em alguns, quem sabe ainda na memória do internauta, há dos “anões do orçamento”, no início dos 90. Ou o dos “sanguessugas”, para ficar apenas em um da Legislatura encerrada em 31 de janeiro passado. No entanto, e isso é o que chama a atenção, já foram protocolados na história nada menos que seis escândalões agora, entre 1º de fevereiro e meados de julho. Ou mais de um, em média, por mês.

 

Não vou cansar a beleza de ninguém com a citação de todos (confira a sugestão de leitura, no final deste texto). Fiquemos apenas com os dois do Senado, até porque têm maior repercussão aparente. O que envolve, e ainda não terminou, o senador alagoano Renan Calheiros, e sua confusão envolvendo sexo e bois. E o que levou à breca o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, que renunciou no meio desta semana.

 

Afinal, e esta é a minha pergunta, o que determina o aumento exponencial de escândalos, como os seis de agora, e alguns da legislatura anterior, nos últimos três, quatro anos? Será que os nossos parlamentares (os ruins, que são uma excelentíssima minoria, porém notórios) ficaram “mais corruptos” de repente?

 

É possível. Mas menos provável. O fato é que os mecanismos de defesa da sociedade se aperfeiçoaram. Eles incluem a mídia (com todos os seus defeitos aqui já citados – o principal deles é “escolher” o melhor escândalo para noticiar, de preferência os que envolvem adversários), mas passam sobretudo pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Estes, com certeza, se encontram hoje muito melhor aparelhados, inclusive com independência, para trabalhar. Desculpe se pensa diferente. Mas é o que este (nem sempre) humilde repórter imagina ser a realidade. Simples assim.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira a reportagem “Congresso atual já é o líder em escândalos”, de Mariana Oliveira, do G1, o portal da Globo.

 

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