QUE TEMPOS! Pylla Kroth se mostra indignado com o que existe de falso. Até os ‘taizinhos da paz e do amor’
“…Mas fato é que eu estou apavorado mesmo. Afirmo: eu. Dias desses, passei pelo “calçadão” da minha cidade e avistei uma turma significativa de hippies, sujeitos que nos anos 60-70 rejeitavam normas e valores da sociedade de consumo, deixavam seus cabelos crescer, desprezavam o dinheiro, pregavam a não-violência e a liberdade sexual, e uma pessoa passou ao meu lado e falou: “olha ali, meu amigo, uma espécie em extinção!”
Lembrei que dias atrás comentei em outra crônica por aqui que esses taizinhos ali tinham mudado o comportamento de uma geração com gritos de Paz e Amor. Pois não é que tanto eu quanto o amigo nos enganamos? O cara era falso. Logo vimos um deles gritando pra um transeunte que ali passava e achou um absurdo o preço de uma pulseira artesanal: “sai pra lá, seu bixolinha! Vai comprar no camelô, então!”, dando ao cara a possibilidade de comprar a pulseira industrializada e agredindo a pessoa que ali estava…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “Fanta de Guaraná”, de Pylla Kroth. Pylla Kroth é considerado dinossauro do Rock de Santa Maria e um ícone local do gênero no qual está há mais de 34 anos, desde a Banda Thanos, que foi a primeira do gênero heavy metal na cidade, no início dos anos 80. O grande marco da carreira de Pylla foi sua atuação como vocalista da Banda Fuga, de 1987 a 1996. Atualmente, sua banda é a Pylla C14. Pylla Kroth escreve semanalmente neste espaço.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esta nota é uma reprodução da internet.
Outro dia vi um sujeito que vendia artesanato na rua afirmar que não era hippie. Qual o problema? Classificar os outros baseando-se em estereótipos.