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TÍTULO. Soldiers vence Juventude, levam SM Bowl e conquista o Tetracampeonato de Futebol Americano

Santa Maria Soldiers é Tetracampeão invicto no Santa Maria Bowl. Familiares (no destaque), amigos e namoradas comemoram a vitória

Por BIANCA PEREIRA (texto e fotos), da Equipe do Site

Em um dia histórico para o Futebol Americano em Santa Maria, a cidade recebeu o SM Bowl, a final do campeonato gaúcho. No jogo, o Santa Maria Soldiers bateu o juventude FA por 31 x 7, sendo coroado como campeão gaúcho invicto da modalidade. O Soldiers se iguala ao Porto Alegre Pumpkins, como maior campeão gaúcho com quatro títulos estaduais.

A partida foi realizada no estádio Presidente Vargas, e contou com um público de cerca de 2 mil torcedores. A festa ficou por conta da Banda de Música da 6ª Brigada de Infantaria Blindada e do o ex-jogador dos Soldiers, o DJ Lukas Romero. No intervalo, quem tomou conta do palco foi a The Soldiers Band, formada pelos musicos Alexandre Hoer, Clauson Kraemer, Alexandre Palma e Eduardo Staudt.

A final pôs frente a frente as duas melhores equipes da competição, dois times invictos com cinco vitórias cada, além das duas melhores defesas e dos dois melhores ataques em todo o Campeonato Gaúcho. Com o grito da torcida sempre presente, o Soldiers começou o jogo com dois touchdowns, de Douglas Rodrigues e Douglas Elesbão,  e um field goal e um extra point de Fabrício Santana, mantendo o placar de 17 a 0 nos dois primeiros quartos. No fim do segundo quarto, com Bruno Bortoluzzi, o Juventude marcou o único touchdown, acabando o 1º tempo de jogo em 17 a 7 para o time da casa.

O terceiro quarto mostrou um jogo equilibrado, onde nenhum dos ataques conseguiu avançar. No fim do jogo o Soldiers mostrou a superioridade em campo e ampliou o placar com Guilherme Busanello e Vinicius Zanon, finalizando o placar em 31 a 7.

O FUTURO

Pela primeira vez podendo ver o seu time de perto, o maior torcedor dos Soldiers, Lorenzo, de 7 anos, que luta contra um câncer e acabou virando um símbolo da equipe santa-mariense,  marcou um touchdown antes do início da partida, com a ajuda dos jogadores.

Agora o foco do time passa para o Campeonato Brasileiro de Futebol Americano (BFA) que começa no próximo fim de semana com um jogo em Caxias do Sul, contra o próprio Juventude FA.

O head coach dos Soldiers, Gustavo Nascimento Petter, está na terceira temporada à frente do time, e conta que com “a conquista da vaga na BFA teremos o maior desafio técnico e tático do time até então. Enfrentaremos grandes equipes e aprenderemos muito. Este é um ano de confirmação e estabelecimento, queremos ter uma campanha positiva e confirmar nossa presença entre os melhores times do Brasil.”

O fisioterapeuta Iago Balbinot espera que no “próximo campeonato o time tenha uma visão muito mais profissionalizada, onde tenha trabalho em equipe multidisciplinar (preparador físico, nutricionista, psicólogo, técnicos, direção do time…), alem do comprometimento da equipe quanto a treinos, jogos e questões extra campo, ou seja, estarei lidando com atletas de alto rendimento.”

Nova na equipe técnica do time, a nutricionista Andressa Da Rosa Rodrigues, conta que já está focada no próximo campeonato, sua ideia é “iniciar um trabalho de intervenção nutricional de forma individualizada, sempre buscando melhorar a performance de cada atleta de maneira saudável. É importante ressaltar que a alimentação no esporte é tão importante quanto o treino, pois qualquer erro relacionado ao tema interfere negativamente no rendimento.”

Ela busca apoio na loja de suplementos Flex, que está apoiando o time desde a entrada de Andressa. “A loja e eu temos uma parceria de trabalho há mais de ano, devido os meus atendimentos nutricionais voltados a área esportiva e estética. Dessa forma, logo que entrei para a equipe técnica do time, de imediato já busquei apoio de suplementação para os jogadores que poderão ter necessidades de consumo de suplementos para melhorar o rendimento nos treinos e jogos.”

O atual narrador oficial dos jogos do Santa Maria Soldiers, William Moraes, é também jogador, atualmente machucado e trabalhando apenas no extra campo, conta que “como Defensive Tackle e jogando no centro da linha defensiva acabei aprendendo na marra que somente força não vence. Em 2016 por necessidade da equipe acabei integrando o ataque, iniciei como LT, e por último assumindo a responsabilidade de Center. Venci os jogos que atuei na posição, mas nos 2 jogos mais importantes de 2016, semi-final e final, fiquei de fora após um acidente de carro.”

Para ele a narração veio da necessidade do time de ter alguém permanente como narrador. “Acabei começando a contragosto pela vergonha e dificuldade de separar a narração de um torcedor que é amante desse jogo e principalmente desse time que felizmente tem tido cada dia mais apoiadores e torcedores.”

ENVOLVIMENTO

Outro ponto que Moraes enfatiza é o envolvimento dos familiares nos jogos e eventos do time. “A participação e envolvimentos que todos têm, desde os jogadores na preparação do campo de jogos, as namoradas e familiares envolvidos na organização dos jogos é sensacional, me arrisco a dizer que nessa parte somos umas das equipes com maior envolvimento das famílias como time, e isso motiva cada um a dar o máximo de si. O Santa Maria Soldiers é Gigante, e qualquer pessoa que tenha a oportunidade de estar junto a esse time de alguma forma verá que esse esporte é sim para todos, basta dedicação.”

O Presidente do Soldiers, Diogo Hartz, concorda que o envolvimento dos familiares e namoradas são peças fundamentais para o Soldiers “em especial para a Diretoria, pois sem elas, quase não existiria um jogo em Santa Maria. Eu as tenho como uma extensão da diretoria e sou muito grato a elas.

O tesoureiro do Soldiers, Willian Freitas, conta que conheceu o time em 2009, mas só ingressou na equipe em 2014, para o próximo campeonato ele espera “que o time siga nessa linha de evolução que está e isso só é possível enfrentando os melhores e é o que ocorrerá na BFA, acredito que terminaremos com uma campanha positiva.”

Sua namorada, Joysen Victor, ajuda na organização dos eventos e na venda dos produtos desde o início. Para Freitas o envolvimentos dos familiares é “muito bom, pois quando temos os familiares por perto dando força e apoio tudo fica mais fácil, e o envolvimento nos eventos é espetacular pois traz um espirito aconchegante para todos os envolvidos.” Para a torcedora o melhor que o time trouxe “foram as amizades que conquistei, amizades que ultrapassaram a beirada de campo.”

Para a torcedora e namorada do jogador Vinícius Zulian, Carolina Farneze, ajudar nos eventos e estar presente nos jogos é “sempre um teste cardíaco, por mais q o time ultimamente sempre ganhe. Ajudar na rotina dos jogos em casa faz com que fique mais tranquilo lidar com essa ansiedade. Ajudar nos eventos reforça mais ainda o sentimento de amor pelo time. Sabemos das dificuldades de um esporte, que não seja o futebol da bola redonda, de crescer no Brasil são enormes, sendo amador é maior ainda, mas ver a evolução do time e saber q você pode fazer um pouco para ajudar, não tem preço.”

O casal agora traz uma nova torcedora para os jogos, a Cecília, filha do casal de 1 ano e 6 meses, que torce para o pai e os “tios” desde que nasceu. Carol fala que o esporte e o time trouxe muitos amigos, “pessoas especiais, que além de compartilham o amor profundo q tenho pelo esporte, redefinem o conceito de família. Parceria, respeito, carinho e boas risadas. Tenho o privilégio de dividir tudo isso com elas.”

Uma das torcedoras mais antigas do time, Célia Maschke, é mãe de um ex-jogador, Leonardo Maschke, que não está mais no time por ter entrado na carreira militar e estar fora da cidade. Mesmo estando fora do país continua acompanhando o time de longe e é uma grande apoiadora dos jogadores. “Enquanto eu viver serei eternamente grata a essa família Soldiers pois nem sei o que seria do meu Leo sem a ajuda deles! E sempre que podíamos acompanhávamos os jogo gritando e vibrando com cada conquista deles ajudando no que podia, e eu já fui questionada uma vez do motivo de continuar torcendo se meu filho nem joga mais, e eu respondi: Porque o Soldiers representa muita coisa boa e não tem jogador preferido, vejo o time como em todo. E hoje mesmo longe acompanho cada segundo dessa família.”

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