Educação

GREVE. Governo do Estado acusa o CPERS de ser radical. Já o Sindicato afirma lutar por dignidade

Tanto a greve quanto à política de parcelamento de salários não possuem data de encerramento. Foto Maiquel Rosauro

Por Maiquel Rosauro

A greve dos educadores estaduais teve início em 5 de setembro, após cada servidor vinculado ao Executivo ter recebido R$ 350 de salário. Esta foi a 21ª vez em que os vencimentos foram parcelados. Em 13 de setembro, os valores foram integralizados e, agora, o governo do Estado entende que a greve não tem mais sentido.

Na terça-feira (19), o Piratini divulgou uma nota no qual criticou o radicalismo do CPERS. O governo também apelou para o retorno das aulas.

A resposta do CPERS não tardou. A entidade destacou que os salários foram pagos em conta gotas, com 12 dias de atraso. E também disse que a greve é contra a política de parcelamento.

Confira abaixo a nota do governo e a resposta do CPERS. Tanto a greve quanto o parcelamento de salários não possuem data de encerramento.

NOTA OFICAL
Comunicado sobre a greve do Cpers
O governo do Estado alerta a sociedade gaúcha que, desde o dia 13 deste mês, todos os salários dos servidores estão pagos. O atraso não é questão de vontade, mas da maior crise financeira vivida pelo Estado na sua história. Os salários sempre foram quitados dentro do mês. Portanto, a greve do Cpers perde o seu sentido e adquire viés de movimento político, prejudicando a vida dos alunos e suas famílias. Não é hora de divisões e radicalismos. Apelamos para que os professores mantenham as aulas.
Governo do Estado do Rio Grande do Sul

 

RESPOSTA DOS EDUCADORES À NOTA DO GOVERNO
O governo publicou uma nota atacando nosso direito de exigir o fim do parcelamento dos salários!
Diz, em sua nota, que os salários “já foram integralizados”. Esquece de dizer que a remuneração foi paga em conta gotas, com 12 dias de atraso!
Diz que a greve é política! Sim, é uma greve CONTRA a política de ataque aos direitos dos professores e funcionários, que atinge seu ápice ao parcelar nossos salários, descumprindo seu juramento de cumprir a Constituição!
Ousa analisar o sentido da continuidade do movimento ou não! Se eles demonstram que sequer sabem o que é administrar um Estado, como podem julgar nosso movimento?
A pérola final soa a deboche: sem divisões e radicalismo!!!!
Se o governo entende que lutar por nossos direitos é dividir e radicalizar, queremos esclarecer: não, senhores, o nome disso é DIGNIDADE!!!!!
CPERS/Sindicato

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2 Comentários

  1. Esse governo parece que está no mundo da Lua. Fica de tititi com o CPERS quando o problema é da Assembleia. O governo tinha de mandar o CPERS à Assembleia para implorar a ela votar favoravelmente as reformas. Só chamar o CPERS de radical é o mesmo que chamar o sol de hoje de quente, não tem novidade alguma. Já o CPERS dizer que quer dignidade, não é só isso, todos sabemos que tem caroço nesse angu. Cadê a responsabilidade de agir com a realidade? Qual é o notório motivo que emperra a melhora da condição salarial de todos? A greve não é política? Provem. Vão até a Assembleia implorar pelas reformas. Vai ser bom para toda a sociedade, mais ainda para os professores. Chega de privilegiar comissionados e paquidermes falidos. Não enxergam isso, professores? O CPERS não. Por quê?

  2. Óbvio que o pagamento parcelado é um absurdo. CPERS faz o que sempre fez em governos que não são de esquerda.
    Mas não tem problema. Depois recuperam as aulas como Deus fez a mandioca. Os alunos no futuro entram na fábrica de gênios UFSM via quotas para escola pública e ainda têm desempenho melhor do que os alunos da rede privada. E quem traz as crianças para o mundo é a cegonha.

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