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Avaliação. Apesar do discurso otimista de Lula, aumenta o “preço” do PMDB para apoiar Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (na foto de Valter Campanato, da ABr) tem se esforçado. No primeiro turno, evitou qualquer envolvimento maior com as candidaturas petistas a prefeito, usando como argumento o fato de vários partidos fazerem parte do governo. E que, no pleito comunal, em muitas cidades eram adversários. Faz sentido.

 

Em contrapartida, se envolveu diretamente naquelas eleições em que o PT ou os aliados (PMDB especialmente) enfrentavam siglas oposicionistas, assim consideradas basicamente apenas o PSDB e o DEM. Deu certo em vários lugares; em outros não. Onde deu certo? No ABC paulista, exceto Santo André e, especialmente, no Rio de Janeiro. E em municípios nordestinos. Onde deu errado? Em São Paulo, principalmente. O que é bastante.

 

Resultado de tudo isso? Simples: o PMDB, principal aliado de Lula no Congresso, foi o grande vencedor do pleito. Para ficar aqui bem perto, as principais cidades gaúchas estão sob comando peemedebista, Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria a frente. Nos Estados do Sul, o PMDB levou a capital dos gaúchos e dos catarinenses. E levou Salvador e o Rio de Janeiro.

 

Qual a principal decorrência disso? O assanhamento das lideranças do PMDB, que já falam em candidatura própria. Conversa mole. Os peemedebistas não são um partido, mas uma confederação. O do Sul não fala com o do Nordeste, que tem divergências com os do Sudeste, que por sua vez não se entendem nem com os sulistas, menos ainda com os nortistas. Como, então, compor um nome próprio para concorrer à sucessão de Lula? Isso não existe, em princípio.

 

Então, o que acontecerá? O que já está acontecendo: pressão sobre Lula para aumentar a participação no governo, para pensar em 2010 como alternativa para ser vice de Dilma Rousseff. Isso ou se bandearão, em maioria, no rumo de José Serra, do PSDB. O único fator favorável ao atual Presidente, e que ele vai usar, é que os tucanos estão abraçadíssimos com o DEM, com o qual têm lá seus compromissos.

 

Ainda há muito o que acontecer até meados de 2010, quando tudo se define. No entanto, e se o palpite vale, o PMDB não terá caminho possível, exceto compor com Lula. E cobrará seu preço, que não será baixo. O resto… é conversa fiada. Penso. E escrevo. Sob todos os riscos.

 

EM TEMPO: se aliança é inevitável para o Planalto, para os Estados é oooutra conversa. No Rio Grande do Sul, por exemplo, imaginar que PT e PMDB estejam juntos para o Governo do Estado é até possível. Mas nada além disso, imaginação. No mááááximo, disputa sem maiores ataques, em função da aliança federal. Ainda assim, disputa. E forte.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA Para ampliar ainda mais a discussão, vale a pena ler a reportagem “Base atropela oposição nas capitais e cidades médias”, de Eduardo Militão (com a colaboração de Edson Sardinha), no sítio especializado Congresso em Foco.

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