Enéas Carneiro. Incrível, mas a morte dele, quem sabe, pode acelerar a reforma política
Já disse e escrevi, mas não custa repetir: é muito pouco provável que uma reforma política, mesmo mínima, seja aprovada pelo Congresso. Em qualquer tempo – quanto mais em condições de valer já para o pleito de 2008.
Voto em listas, financiamento público de campanha, federações eleitorais, fidelidade partidária. É, talvez essa última seja implantada. Mas não por decisão do Parlamento. Antes, por imposição do Judiciário, a partir da interpretação feita da legislação pelo Tribunal Superior Eleitoral – e que tende a ser ratificada pelo Supremo Tribunal Federal, provocado pelo trio DEM, PSDB e PPS. Mas nada além disso.
Tomara que me engane. E isso é até possível, no que toca pelo menos à representatividade. E o responsável, quem sabe, pela aceleração do debate e, até, da aprovação de algum tipo de remendo constitucional, talvez seja Enéas Carneiro, o líder do Prona (Partido da Reunificação da Ordem Nacional), morto no domingo e cremado nesta segunda.
Pois o Doutor Enéas será substituído, na Câmara dos Deputados, por uma cidadã, que aliás foi secretária dele, que conquistou o voto de menos de 4 mil paulistas, no pleito de 2006. Ela, Luciana Almeida, a primeira suplente, irá para o Congresso em função da morte do líder – que, este sim, obteve 387 mil votos.
A evidente falta de representatividade de Dona Luciana torna visível a discrepância do método que temos de eleger nossos parlamentares. E pode levar a se discutir alguma coisa capaz de evitar esse constrangimento político monumental. Bem, essa é, ao menos, a esperança.
SUGESTÕES DE LEITURA – leia a notaLuciana Almeida assumirá vaga de Enéas na Câmara, distribuída pela Agência de Notícias da Câmara dos Deputados.
Se desejar saber um pouco mais da vida de Enéas Carneiro, pode fazê-lo clicando aqui.
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