PEGA FOGO. PT/SM define ações para 2015. E nos bastidores só no que se fala é em nomes para prefeito

Reunião do Diretório Municipal do PT, realizada no sábado (e com escassa, ou nenhuma, divulgação midiática) definiu os próximos rumos da sigla em Santa Maria, visando a eleição de 2016. E, ao que tudo indica, também indicou os caminhos possíveis para o petismo local, no que toca à candidatura para prefeito.

Nas versões oficiais e públicas do encontro, colhidas pelo editor, há duas informações relevantes. Uma é que, depois de ter avaliado (positivamente, no caso santa-mariense) o pleito de outubro passado, os dirigentes decidiram elaborar um calendário de mobilização interna e externa. Pelo primeiro, reuniões com filiados devem acontecer ao longo do próximo ano, notadamente no primeiro semestre e já a partir de fevereiro – depois do carnaval, obviamente. Nesses encontros se “tirará a febre” da militância, ao mesmo tempo em que se dicutirá um futuro plano de governo petista em Santa Maria.

Já a segunda informação é que, inclusive porque houve quórum na reunião realizada no último sábado, deliberou-se que a direção partidária começará a reunir-se com partidos potencialmente aliados (do campo que fechou com Dilma Rousseff e Tarso Genro, no último pleito) para tratar de coligações à Prefeitura de Santa Maria.

O que você leu acima é a, digamos, versão pública e oficial do encontro. Mas há, e isso pode ser fundamental mais adiante, o que corre nos bastidores. Por exemplo, Fabiano Pereira. Ele não foi apresentado formalmente como pré-candidato a prefeito, embora tenha sido essa a decisão de seu grupo interno, o PTLM. Aliás, Fabiano, assim como Paulo Pimenta, líder maior da corrente PT Amplo, não esteve no encontro. Quem apareceu para a discussão foi Valdeci Oliveira, do grupo Unidade na Luta.

Entre segunda-feira e esta terça, com fontes de todos os grupos petistas relevantes, o editor apurou que:

1) As chances de Fabiano Pereira concorrer a prefeito, se a decisão fosse tomada hoje, seria ínfima, para não dizer nula. Ele não conta com o apoio do PT Amplo, que tem 51% dos votos internos e, sobretudo, maioria no Diretório e na Executiva.

2) A possibilidade de Fabiano sair do partido, como fontes importantes asseguraram ao editor, não está na conta dele. Ainda que militante bastante ligado ao ex-deputado e ex-secretário tenha utilizado a expressão “improvável”.

3) O nome preferido do PT Amplo, majoritário na sigla, é o de Valdeci Oliveira. Que, porém, mantém-se totalmente mudo a respeito dessa possibilidade. A ouve, mas não responde. Nem age. Pelo menos é o que se diz.

4) A ideia do petismo é matar a charada o quanto antes, lançando um nome capaz de galvanizar o partido. E partir para o trabalho de organização da campanha.

5) Fabiano Pereira e seu grupo, para inverter a tendência atual, vão “trabalhar” os filiados, pois acreditam que, apesar da rejeição de líderes, ele conta com maioria do apoio das bases partidárias.

6) Pelo menos parte do PT gostaria de “esfriar’ esse debate, jogando-o mais para o final de 2015. É improvável que consiga, pois, politicamente, a partir de janeiro será impossível ignorar o pleito municipal do ano seguinte, e

7) A ida de Fabiano Pereira para o “Solidariedade” foi rechaçada. Ainda que sejam fortes os rumores internos e externos ao PT. Uma fonte empresarial do sítio, que tem contato com os partidos, chegou a afirmar ao editor: “tanto o Fabiano (Pereira) como o vereador Jorjão (Jorge Trindade) irão para o “Solidariedade”. Nesse caso, a candidatura dele não dependeria mais da vontade e da força política interna de (Paulo) Pimenta”. E agora?

EM TEMPO: a ida de Jorjão para qualquer outro partido (exceto algum que venha a se criar) seria impossível, pois ele perderia o mandato. Logo…