Claudemir Pereira

APOCALIPSE. O que acontece quando se leva a sério o fim do mundo? Pylla Kroth conta esta história

“…“O mundo vai acabar dia tal!”, comentou o comunicador no rádio, único meio de comunicação da fulana. Isso lhe causou um espanto. “Ai meu Deus, é o fim do mundo!” Mas será que desta vez eles estariam falando a verdade? Pois já teria ouvido essa notícia quando menina, de que quando chegasse o ano 2000 o mundo iria acabar, mas chegou muitos anos depois o ano 2000 e nada aconteceu de anormal! Porém, desta vez parecia que o negócio era sério, era “gente entendida da ciência” que fazia a tal previsão. E desta vez Dona Marlene perdeu o sono e tratou de, na dúvida, analisar o que ela não teria feito em vida e que teria grande vontade, mas por “A” ou “B” não havia concretizado – pois lhe veio na cabeça as doutrinas de sua conselheira. Teria ela poucos dias para as devidas providências e realizar seu intento. Sem a assistente social por perto para tirar suas dúvidas hà tempo, “antes do mundo acabar”, não titubeou em agir por conta própria e fazer logo o que não tinha feito até o então nesta vida terrena pra completar sua felicidade.

Na próxima visita da assistente social, Dona Marlene lhe recebeu com um misto de tristeza e alegria e foi logo fazendo suas confissões habituais. Segundo a assistente social que me refiro, o povo lá de fora dificilmente faz reclamações da vida e de seus cotidianos, quase sempre, mesmo os que vivem em situações mais humildes, dizem que nunca lhes falta nada que estão felizes e que está tudo bem, relutam até mesmo em receber ajuda. Mas desta vez tinha um ar de preocupação no sorriso encabulado de sua assistida e foi logo perguntando: “O que houve, Dona Marlene? A senhora parece estar com cara de preocupada!”

E desta forma, a Dona Marlene prontamente começou a lhe contar que quando soubera da notícia do “fim do mundo” no rádio, logo chamou o Seu Arlindo, um vizinho, que há muito tempo vinha “rondando” sua vida e lhe fazendo propostas que ela nunca levara muito a sério, mas dadas as circunstâncias, já que o mundo haveria de acabar mesmo, agora resolvera aceitar. Pois era o que, segundo ela, lhe faltava pra felicidade plena! Essa conversa já começou a intrigar a assistente, que pensou “ai-ai-ai!!!”, mas por via das dúvidas: “prossiga dona Marlene!”. “Pois então… chamei o Seu Arlindo pra vir aqui…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “O Nome do Rebento”, de Pylla Kroth. O autor é considerado dinossauro do Rock de Santa Maria e um ícone local do gênero no qual está há mais de 34 anos, desde a Banda Thanos, que foi a primeira do gênero heavy metal na cidade, no início dos anos 80. O grande marco da carreira de Pylla foi sua atuação como vocalista da Banda Fuga, de 1987 a 1996. Atualmente, sua banda é a Pylla C14. Pylla Kroth escreve semanalmente neste espaço.

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