CÂMARA. Dois dias após ser alvo de críticas no Legislativo, CPERS será tema de moção de apoio
Por Maiquel Rosauro
O CPERS/Sindicato foi alvo de críticas dos vereadores Manoel Badke – Maneco (DEM) e João Kaus (PMDB), na sessão de terça-feira (24), no Legislativo santa-mariense, que cobraram maior sensibilidade em relação aos alunos que estão sem aulas. Nesta quinta (26), a entidade novamente estará na pauta, mas desta vez para a defesa de uma moção de apoio e solidariedade.
A iniciativa tem como proponente a vereadora Celita da Silva (PT), que também é professora.
“Os educadores estaduais estão em greve para receberem seus salários com dignidade. Se isso não está acontecendo, é justa a homenagem para o Sindicato que defende, diuturnamente, a educação”, avalia a parlamentar.
Assembleias
A greve teve início em 5 de setembro e segue sem data para ser finalizada. A categoria reivindica o fim do parcelamento e atraso de salários.
Nesta sexta-feira (27), às 15h, na Escola Cilon Rosa, em Santa Maria, ocorre Assembleia Regional. Já na próxima terça (31), a categoria irá realizar Assembleia Geral Extraordinária, às 10h, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, para avaliar a mobilização.
Ambas assembleias não irão deliberar sobre o fim da paralisação. Logo, é certo afirmar que os educadores entrarão novembro em greve.
Prova Brasil
O governo do Estado informou nessa quarta que, pelo menos, 15 mil estudantes da rede estadual perderam a oportunidade de fazer os exames da Prova Brasil, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em função do bloqueio das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) por integrantes CPERS na última segunda-feira (23). As provas deveriam ter sido distribuídas pelas coordenadorias às escolas.
De acordo com a secretária adjunta de Educação, Iara Wortmann, é uma vergonha para o Rio Grande do Sul o descumprimento da aplicação das provas, importantes para a avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador nacional de educação.
“Trata-se de um sistema de avaliação seríssimo e se não cumprirmos essa meta, em 2018 estaremos muito prejudicados. O fornecimento de informações sobre o desempenho dos estudantes passa por esses dados”, explica Iara.
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