Economia

DEFESA. Fundos constitucionais podem fazer SM perder empresas para Centro-Oeste e Nordeste?

Reunião entre dirigentes da Sudene e representantes do Ministério da Defesa, em agosto, traçou as estratégias iniciais para estimular a atração de projetos na área de defesa para o Nordeste. Foto Andrea Barradas / Sudene

Por Maiquel Rosauro

O Polo de Defesa de Santa Maria pode ter um concorrente de peso na atração de empresas. Na quarta-feira (27), o Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) aprovou, por unanimidade, o financiamento de indústrias de defesa com recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDO). A iniciativa partiu de uma solicitação do próprio Ministério da Defesa.

Proposta semelhante foi aprovada em julho pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que prevê a inclusão da indústria de defesa como prioridade do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e do Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE). Pernambuco, por exemplo, está pronto para dar início à implantação de um polo industrial de segurança e defesa. A empresas Ruag, da Suíça, pretende investir até R$ 80 milhões na construção de uma fábrica de munição no Estado.

Confira entrevista do secretário de produtos da Defesa, Flávio Basílio, durante a 21ª Reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, em 27 de julho, em Recife:

O superintendente executivo da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm) e gestor do APL Polo de Defesa e Segurança, Diogo De Gregori, não acredita que o Centro-Oeste e o Nordeste possam ser concorrentes do Polo de Defesa do município.

“O que iniciamos há alguns anos também têm outras cidades de olho por envolver grandes investimentos, alta tecnologia e aproveitamento de recursos humanos altamente qualificados”, argumenta.

Contudo, De Gregori lamenta o fato de a região não contar com superintendências de desenvolvimento.

“Não temos um fundo constitucional até porque não temos uma Sudene ou uma Sudeco. E nem sei se algum dia teremos, pois nossas lideranças até hoje não se organizaram fortemente como uma bancada de região, assim como é o caso do Nordeste”, avalia.

De Gregori também aponta que, mesmo sem ajuda de um fundo constitucional, empresas que desejam algum financiamento ou incentivo para atuar na área de Defesa contam com benefícios previstos em lei, como regime especial tributário e um fundo do BNDES.

Seminde
Entre os dias 8 e 10 de novembro, o Hotel Business Beira Rio, no Recanto Maestro, em Restinga Seca, irá receber a 3ª edição do Seminário Internacional de Defesa (Seminde), reunindo na região as principais autoridades do setor. No primeiro dia de evento, Flávio Basílio ministrará a palestra de abertura com o tema “Perspectivas para a Base Industrial de Defesa do Brasil”.

Já o encerramento ficará a cargo do general-de-Exército e ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Westphalen Etchegoyen. Sua palestra terá como tema “Segurança Institucional: Perspectivas e Oportunidades”.

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2 Comentários

  1. USA não está nem aí para Alcantara, atividades espaciais estão gradualmente sendo transferidas para iniciativa privada. Vide SpaceX. A Virgin está prometendo turismo orbital para breve.
    As empresas que aproveitarem os benefícios do Centro-Oestes e do Nordeste também poderão se utilizar dos fundos do BNDES e incentivos fiscais. Não há impedimento. Mais, não tem coisa mais fácil de “mudar de lugar” do que mão de obra qualificada.
    Alás, engenharia aeroespacial não existe “só no ITA e na UFSM” como alguns dizem. Universidade oferece o curso desde 2012 no campus de Gama (junto com engenharia automotiva, eletrônica, energia e software). E a UFMG tem o curso desde 2009, antes oferecia disciplinas na área dentro do curso de engenharia mecânica.

  2. Indústria da guerra é assim, movida por interésses igual às outras. U.S.A. de olho no nordeste, vide Alcântara no Maranhão.

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