Política

ERA TRUMP. Orlando Fonseca e Nau dos insensatos

“…Um psiquiatra americano, Allen Frances, lançou recentemente um livro sobre a sanidade mental dos seus conterrâneos neste momento que ele denomina “era Trump”. Já desconfiávamos todos, desde a eleição do midiático concorrente de Hillary Clinton – os eleitores não tinham lá grandes opções – que os transtornos psicológicos parecem ser uma epidemia na grande nação do Norte. Frances, no entanto, em seu ensaio sobre a loucura deles, argumenta que há uma confusão entre mau comportamento e distúrbios mentais. Nesse sentido, fala tanto do falastrão que mora hoje na Casa Branca, quanto da população que o colocou lá.

Ao anotar essa referência para o que pretendo com esta crônica, lembrei de uma conversa que tive, semana passada, no evento que marcou o início das operações da Medianeira FM 100.9. Em uma mesa do jantar que se seguiu à cerimônia, no papo com o publicitário Beto Oliveira, por alguma razão, chegamos à “Nau dos insensatos”, poema satírico de Sebastian Brant, publicado em 1494. É um emblema muito apropriado para a conjuntura um tanto esquizofrênica que estamos vivendo aqui e alhures. O motivo daquela obra de Brant veio de uma alegoria medieval, na qual loucos em um navio não sabem e não se importam para onde estão indo. Na verdade, é uma longa lista de atitudes humanas que vão do individualismo e a avareza à pobreza de espírito que, segundo o autor, afastam do justo rumo da fé. Coisas que, na realidade do mundo atual, podem ser presentificadas em gestos e no posicionamento crítico das pessoas quanto à vida em sociedade, ou quanto aos cuidados com a natureza…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “Nau dos insensatos”, de Orlando Fonseca. Orlando é professor titular da UFSM – aposentado, Doutor em Teoria da Literatura, PUC-RS, e Mestre em Literatura Brasileira, UFSM. Exerceu os cargos de Secretário de Cultura na Prefeitura de Santa Maria e de Pró-Reitor de Graduação da UFSM. Escritor, tem vários livros publicados, foi cronista dos Jornais A Razão e Diário de Santa Maria. Tem vários prêmios literários, destaque para o Prêmio Adolfo Aizen, da União Brasileira de Escritores, pela novela Da noite para o dia, WS Editor; também finalista no Prêmio Açorianos, da Prefeitura de Porto Alegre, pelo mesmo livro, em 2002.

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5 Comentários

  1. Japão consegue uma arma nuclear em seis meses. Coréia do Sul vai acabar construindo a própria. Ou seja, para o cidadão no Brasil vale o desarmamento. No plano internacional, “auto-determinação dos povos”, é mais seguro se todo país tiver sua bomba atômica. Aí vem um “esperto” e diz que a “retórica” do Trump é muito agressiva. Menino Maluquinho mandou dois mísseis sobrevoando as ilhas do Japão. Imagino o que aconteceria se um deles tivesse um problema, caísse numa área povoada e matasse alguém. Retoricamente, óbvio.

  2. Coréia foi dividida depois da Segunda Guerra. Lá pelas tantas, o norte comunista invadiu o sul. Americanos entraram na briga e invadiram o norte. Quando chegaram perto da fronteira da China, tomaram uma invertida. Chineses quase jogaram os americanos de volta no mar. Um dos motivos pelos quais os americanos nunca invadiram o Vietnam do Norte depois. Coréia do Norte nunca esteve ameaçada, não precisava de bomba atômica. Coréia do Norte era parte no tratado de não proliferação. Abandonou. Voltou, prometeu e assinou que não iria desenvolver mais nada. Era conversa mole, deu no que deu. Por isto a briga com o tratado assinado com o Irã, tem gente que acha que também é conversa mole.

  3. A mesma água da nau do Trump também bate nas suas canelas, só que é de outra cor. Não tem semana que não se dá um pão ou uma ajuda aos “sobreviventes” daqui. Sobreviventes de uma ideologia que queria “salvá-los”. Não é de uma insensatez?

  4. Da loucura de quem comandava o Titanic vermelho que afundou todos nós recentemente, nenhuma linha. A história sempre fica pela metade que cabe, de forma conveniente.

    Esperançoso que sou, torço para que o colunista perceba algum dia que o grande problema é o cérebro que tem uma ideologia. Qualquer uma. Não escapa nenhuma. Quanto mais radical é uma ideologia, mais Titanics, como o citado acima, navegarão insensatamente. Caso do barco da comandante que louvava a mandioca e teve uma trajetória tão insensata que afundou.

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