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O Nome do Rebento – por Pyla Kroth

Quase sempre me sento aqui para escrever estas crônicas semanais sem saber ao certo o que “cronicar”, pois são tantas histórias na minha vida que poderiam ser contadas e esta ação de escriba está me permitindo deixar registrado um pouco delas por aqui. E isso tem me causado uma sensação agradável, pois, paro e fico com esta tela aberta ao mesmo tempo em que ponho meu cérebro trabalhar em estado de alerta.

Existem coisas que, com toda sinceridade, não tenho a mínima vontade de escrever a respeito e, pasmem, são os assuntos preferidos e mais discutidos nas redes sociais e nos folhetins diários de informação, aumentando assim estarrecedoramente suas audiências: o poder e quem o tem ou teve – todos se acham analistas políticos, as artes e seus gênios, agora com a opinião de medíocres e hipócritas, as barbaridades na Catalunha, o louco americano e o pirado da Coreia do Norte, os ladrões da Lava-Jato, o caçador de lobisomens de Santa Maria em pleno século XXI e por aí vai. Estou começando ficar com asco de assuntos polêmicos onde as opiniões andam de rédeas (línguas) soltas. Mas uma coisa é certa, estou inclinando a crer que a humanidade esta vivendo o final dos tempos, ou, talvez o recomeço de um novo e importante ciclo. Por isso calma, Pylla! Pense bem antes de escrever algo aqui, pois o mundo poderá não acabar amanhã e aí o que foi escrito, está arquivado, segundo o mestre Claudemir Pereira, responsável por este sítio! (risos).

Mas falando em fim do mundo… Tenho uma pessoa muito próxima que me confidenciou um fato ocorrido lá num “fundão”, no interior do interior, onde ela atua como assistente social, fazendo visitas periódicas a famílias sem muita informação e convívio com o meio social da cidade e seu “sabichões”.

Contou-me ela que em uma de suas muitas visitas conheceu neste local a Dona Marlene, a quem sempre deu bons conselhos sobre a vida e que nunca deixasse ela de fazer as coisas boas da vida, pois a vida passa rápido demais e devemos realizar nossos sonhos e desejos antes que seja tarde.

Pois certo dia esta Dona Marlene protagonizou o fato que passo a lhes contar agora.

“O mundo vai acabar dia tal!”, comentou o comunicador no rádio, único meio de comunicação da fulana. Isso lhe causou um espanto. “Ai meu Deus, é o fim do mundo!” Mas será que desta vez eles estariam falando a verdade? Pois já teria ouvido essa notícia quando menina, de que quando chegasse o ano 2000 o mundo iria acabar, mas chegou muitos anos depois o ano 2000 e nada aconteceu de anormal! Porém, desta vez parecia que o negócio era sério, era “gente entendida da ciência” que fazia a tal previsão. E desta vez Dona Marlene perdeu o sono e tratou de, na dúvida, analisar o que ela não teria feito em vida e que teria grande vontade, mas por “A” ou “B” não havia concretizado – pois lhe veio na cabeça as doutrinas de sua conselheira. Teria ela poucos dias para as devidas providências e realizar seu intento. Sem a assistente social por perto para tirar suas dúvidas hà tempo, “antes do mundo acabar”, não titubeou em agir por conta própria e fazer logo o que não tinha feito até o então nesta vida terrena pra completar sua felicidade.

Na próxima visita da assistente social, Dona Marlene lhe recebeu com um misto de tristeza e alegria e foi logo fazendo suas confissões habituais. Segundo a assistente social que me refiro, o povo lá de fora dificilmente faz reclamações da vida e de seus cotidianos, quase sempre, mesmo os que vivem em situações mais humildes, dizem que nunca lhes falta nada que estão felizes e que está tudo bem, relutam até mesmo em receber ajuda. Mas desta vez tinha um ar de preocupação no sorriso encabulado de sua assistida e foi logo perguntando: “O que houve, Dona Marlene? A senhora parece estar com cara de preocupada!”

E desta forma, a Dona Marlene prontamente começou a lhe contar que quando soubera da notícia do “fim do mundo” no rádio, logo chamou o Seu Arlindo, um vizinho, que há muito tempo vinha “rondando” sua vida e lhe fazendo propostas que ela nunca levara muito a sério, mas dadas as circunstâncias, já que o mundo haveria de acabar mesmo, agora resolvera aceitar. Pois era o que, segundo ela, lhe faltava pra felicidade plena! Essa conversa já começou a intrigar a assistente, que pensou “ai-ai-ai!!!”, mas por via das dúvidas: “prossiga dona Marlene!”. “Pois então… chamei o Seu Arlindo pra vir aqui “se deitar” comigo, ora!”. Mantendo a seriedade necessária, a assistente incentiva: “E aí, Dona Marlene, qual é o problema nisto tudo?”.

A resposta veio em forma de uma longa explicação: “Pois o problema é que o “véio” veio aqui e bateu saco a noooite inteira e nada do mundo acabar! E agora… Agora minhas regras estão atrasadas e é certo que estou prenha! O que é que o povo vai pensar de mim??? Por isso, se não for muito queria que você desse as devidas explicações pro pessoal das redondezas, pois afinal segui seus conselhos e não fiz nada além do que me aconselhou fazer pra minha felicidade. Ademais, quero também que você seja a madrinha deste que está aqui e que, por certo, está crescendo” completou Dona Marlene, acariciando sua leve barriga, para o espanto da minha amiga assistente social que, diante de todo este discurso, só se atinou de perguntar: “ E a senhora já tem ideia do nome, Dona Marlene?”. “Sim”, responde ela, “vai se chamar “Fim”! Botelho, que é o sobrenome do Seu Arlindo e Leite, que é o meu. Fim Botelho Leite!”

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