Santa Maria

TEMPORAL. Mais de mil famílias são atendidas em SM

Aproximadamente 26 mil metros quadrados de lona já foram distribuídos na cidade. Foto João Alves

Por Mariana Fontana / Prefeitura de Santa Maria

Por diferentes bairros de Santa Maria, o que se vê são árvores, fios e telhas pelo chão, além de casas destelhadas. O vendaval que atingiu o Município na madrugada desta quinta-feira (19) deixou um rastro de destruição. Até as 17h desta quinta, 1,2 mil famílias – que tiveram prejuízos em função do vento – foram atendidas pelos órgãos municipais.

“Nossa cidade sofre, mais uma vez, com os temporais. Mas estamos trabalhando de maneira conjunta, com muita coragem e responsabilidade, para atender da melhor maneira a nossa população”, enfatizou o prefeito Jorge Pozzobom.

Conforme relatório oficial divulgado no final desta tarde, aproximadamente 26 mil metros quadrados de lona foram distribuídas na cidade. Todos os bairros do Município registraram algum tipo de ocorrência em função dos ventos, sendo que a Região Oeste de Santa Maria foi uma das mais atingidas. Foi registrado um total de 258 ocorrências, entre corte de árvores, desobstrução de vias, entre outros.

Ao todo, 27 equipes (com membros da Guarda Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Bombeiros Civil, Cruz Vermelha de Santa Maria e Prefeitura – secretarias de Mobilidade Urbana, Infraestrutura e Serviços Púbicos, Meio Ambiente e o Gabinete do vice-prefeito) percorreram diferentes regiões da cidade para realizar o atendimento. Os profissionais foram às ruas para distribuir lonas, cortar e remover árvores, isolar áreas de risco, entre outras ações.

No Beco da Tela, no Bairro João Goulart, os moradores fizeram fila para garantir uma quantidade de lona que fosse suficiente para proteger os telhados das residências. A doméstica Marta Regina Santos do Nascimento, 50 anos, precisou do material para cobrir a casa, que ficou parcialmente destelhada. Segundo ela, durante o vendaval, telhas de amianto se soltaram da casa e algumas atingiram seu braço, provocando um ferimento leve.

“Acordei com o barulho do vento e foi horrível, um susto muito grande. Parecia que a casa sairia do lugar. Na hora, deu vontade de chorar”, contou Marta.

O filho de Marta, o estudante Igor Santos Escobar, 18 anos, mora em uma casa no mesmo pátio que a mãe. O jovem estava sozinho em casa e também precisou de lonas para evitar novos transtornos na residência. “A gente já se acostumou com esses temporais, mas é sempre muito triste”, contou o jovem.

Escolas e postos de saúde atingidos

Além das residências particulares, alguns prédios públicos também sofreram com a ventania. Do total de 78 escolas municipais, 53 suspenderam as aulas em função da falta de luz ou de danos causados pelo temporal. Aproximadamente 13,6 mil alunos ficaram sem aula durante a quinta-feira. A expectativa é que a maioria das instituições retorne as aulas nesta sexta-feira (20), desde que seja restabelecida a energia elétrica nas comunidades.

A  Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Angela Tomazetti, na Região Sul, foi uma das instituições atingidas. De acordo com a diretora da instituição, Sylvia Moro, parte do telhado foi danificada. A escola recebeu lonas da Prefeitura e, na tarde desta quinta feira, os funcionários trabalhavam no levantamento dos estragos. A escola não terá aulas nesta sexta-feira, assim como a Escola João Hundertmark, a EMEI Sinos de Belém e a EMEI Casa da Criança, que também tiveram problemas nos telhados em função do vento.

“Tivemos áreas da escola em que entrou água por conta do telhado que foi arrancado com o vento. Nós retiramos livros e brinquedos e levamos para salas que não foram atingidas. Suspendemos as aulas hoje, pois nos preocupamos com a segurança dos alunos”, contou a diretora.

Frente à situação enfrentada pelas comunidades escolares, a Secretaria de Educação do Município pede que os profissionais da área trabalhem de maneira conjunta, em uma corrente de solidariedade que possa auxiliar as famílias atingidas pelo temporal.

“Solicitamos que as escolas que tenham condições de atendimento os estudantes, façam isso de forma flexível, acolhendo a todos sem prejuízo aos processos pedagógicos. Que possamos fazer uma rede de ajuda mútua para a reorganização dos espaços escolares e das comunidades do entorno das escolas”, pediu a secretária de Educação, Lúcia Madruga.

As Unidades de Saúde de Santa Maria também registraram transtornos, especialmente em função da falta de luz. Até o fim da tarde desta quinta-feira, algumas ainda não contavam com energia elétrica (veja a relação abaixo).

Unidades de Saúde sem energia elétrica (e sem funcionamento)

Arroio Grande

Boca do Monte

Santo Antão

Floriano Rocha

Roberto Binato

Vila Lídia

Centro Social Urbano

Policlínica do Rosário

Itararé

Waldir Mozzaquatro

São José

Maringá

Centro de Especialidades Odontológicas

Vigilância Sanitária

Farmácia Popular

CAPS Caminhos do Sol

Saúde Mental

CAPS Cia do Recomeço

 

Unidades de Saúde funcionando

Rubem Noal

Parque Pinheiro

Victor Hoffmann

São João

Alto da Boa Vista

Bela União

Kennedy

Joy Bets

Passo das Tropas

Oneide de Carvalho

Vila Santos

Urlândia

CAPS Prado Veppo

Dom Antônio Reis

Sede da SMS

São Francisco

Walter Aita

Wilson Paulo Noal

Pains

Arroio do Só (porém a internet está oscilando)

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