EM 1ª MÃO. Para o Sírio-Libanês, 959 é o número de funcionários no Hospital Regional. E 280 terceirizados
Por MAIQUEL ROSAURO (com imagem de reprodução), da Equipe do Site
Este site teve acesso, como você leu em nota anterior, PUBLICADA agora há pouco, ao documento com o resultado do trabalho pelo qual o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, foi contratado ao custo de R$ 5,9 milhões pelo Governo do Estado. O objetivo: estabelecer um Plano Operativo para o Hospital Regional de Santa Maria.
O ponto mais surpreende do Plano diz respeito ao modelo de atendimento proposto para o Hospital Regional. De acordo com o estudo, pode ser mais viável a unidade atender 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do que 80% SUS e 20% por convênios, como já foi proposto pelo governo do Estado.
“Outro ponto que merece avaliação mais criteriosa pela SES-RS (Secretária Estadual de Saúde) diz respeito à proposta de atenção em modelo que preveja tanto atendimentos SUS quanto a convênios. Na avaliação aqui realizada, observou-se uma importância muito pequena dos recursos auferidos com a saúde suplementar. Caberia avaliar se, ao adotar um modelo 100% SUS, os benefícios obtidos não superariam as receitas captadas via convênios, dado que há incentivos interessantes para serviços que concentram atendimento a pacientes do SUS”, diz o documento.
O estudo também prevê a necessidade de que 959 profissionais atuem na unidade, sendo 461 enfermeiros, 156 médicos e 342 administrativos. Também estima-se que 280 terceirizados devam atuar no local, em áreas como Higiene (90 profissionais), segurança e ascensorista (60), entre outras.
Dos 303 leitos originais (282 instalados e 21 extras), o Sírio-Libanês aponta para a abertura de 220 leitos (203 instalados e 17 extras).
A instituição apresentou uma proposta de faseamento da operação, no qual considera a abertura por etapas. No primeiro mês, o orçamento previsto seria de R$ 1.728.843. Já no 18º mês, quando todos os serviços estariam operantes (mas abaixo dos 100%), o orçamento previsto seria de R$ 6.430.888.
“Seria possível colocar a unidade em operação em um ritmo ainda mais acelerado que o aqui proposto caso se dispusesse dos R$ 6 milhões inicialmente previstos como orçamento mensal”, conclui o Sírio-Libanês.
Quando o Hospital Regional passar a operar com 100% da capacidade de seus serviços, a projeção é de que o orçamento mensal não baixe de R$ 8 milhões.
Clique AQUI e acesse a ÍNTEGRA do Plano Operativo do Hospital Regional.
Acho que encontrei o bug, o que não tinha entendido. Se o hospital atendesse 80% SUS e 20% convênios (esquecendo todas as outras receitas) e o convênio pagasse o dobro do SUS, se não estou enganado, um terço das receitas viriam dos convênios e dois terços do SUS. A tabela apresenta 20% das receitas de atendimentos como oriundas dos convênios e 80% como se oriundas do SUS (se não estou enganado).
De qualquer maneira, o estudo não leva em conta o fluxo de caixa. Convênios (pelo que eu sei) pagam em dia. Repasses do SUS vivem atrasando.
Detalhes do financeiro. Ênfase em pacientes cirúrgicos e reabilitação. Não sei como o SUS paga estes procedimentos. Convènios pagariam o dobro do que o SUS paga, na base 20%/80%. Teria que ver como foi feita a tabela, parece que a receita dos convênios está subestimada. Também mencionam cobrança do estacionamento (com uma receita relativamente alta) e cobrança de atividades de estudantes de medicina, enfermagem e assemelhados. Há controvérsias.
Há controvérsias. Custo do estudo não seria 5,9 milhões e o recurso teria saído do Ministério da Saúde.
Maior oferta de leitos na região do que o recomendado nas especialidades clinica médica, pediatria clínica e obstetrícia? Não existe algum gargalo que explique a sobra? Não adianta, tem coisas que só um médico para entender.
Cobertura do Estratégia Saúde da Família em 30%, era para ser 50%.
UTI pediátrica do HUSM com baixa ocupação na maior parte do ano.
Dificuldade na logística.
Interessante, o secretário adjunto deveria estar se referindo a este documento quando fez as críticas.