Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto/Arquivo), da Equipe do Site
“Enfatizamos a urgência na ocupação do edifício. Além das já sabidas pressões sociais e políticas para que a unidade entre o mais brevemente em funcionamento, o fato de a unidade seguir sem uma equipe definida de gestão está levando a uma rápida deterioração do conjunto hospitalar, com danos progressivos na estrutura em decorrência das condições climáticas e eventuais problemas construtivos”.
O parágrafo acima conclui o Plano Operativo do Hospital Regional de Santa Maria, produzido pelo Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. O estudo custou R$ 5,9 milhões aos cofres públicos e foi feito durante o primeiro semestre deste ano. O documento, até então confidencial, tornou-se público nessa quinta-feira (30) devido a notificação do deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) ao governador José Ivo Sartori (PMDB). O petista solicitou o encaminhamento do Plano da Casa Civil para a Assembleia Legislativa.
O documento possui 122 páginas e traz um criterioso diagnóstico da situação da saúde na região, avalia detalhadamente a estrutura física do edifício, faz o dimensionamento de equipamentos/mobiliários e analisa a viabilidade econômica e financeira do empreendimento.
Chamam a atenção 40 apontamentos de inadequações da estrutura física do prédio que necessitam de conserto. O estudo cita, por exemplo: ausência de sala de emergência; risco de funcionamento ao gerador; rompimento de forro; ausência de climatização nas unidades de internação; queda de armários; enfermarias planejadas para seis leitos, com capacidade para apenas quatro; ausência de vestiário e de climatização para uso da piscina na área de reabilitação física; piso do hospital-dia e das unidades críticas com imperfeições; vedação das janelas ineficiente e provocando oxidação; elevadores inoperantes; extintores vencidos, ausência de entrada de ambulância; falta de limpeza interna e externa; instalação elétrica insegura; número insuficientes de vagas de estacionamento; entre outros.
“A estrutura apresenta uma série de inadequações, muitas das quais proporcionadas por um projeto antigo e que foi inúmeras vezes revisto ao longo de dez anos de obras para sua conclusão. Assim, algumas estruturas precisam ser readequadas para que as atividades possam ser iniciadas, enquanto outras poderiam ser postergadas conforme proposta de faseamento para início da operação“, informa o documento.
O Plano ainda estima que seja preciso investir R$ 61.242.277,00 para garantir a abertura do Regional. Mais de metade deste valor, R$ 38 milhões, seriam gastos na aquisição de tecnologias médicas, enquanto que R$ 7 milhões seriam destinados para construção, reforma e intervenções no prédio (confira a tabela abaixo).
Clique AQUI e acesse a ÍNTEGRA do Plano Operativo do Hospital Regional.
DAQUI A POUQUINHO, MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O “PLANO OPERATIVO”
Não lembro de menção aos bombeiros no documento, leitura foi dinâmica. Não é impossível que peçam mais alterações.
Aquele povo que falava em conseguir uns trocos com a Ebserh e abrir uma ala para desafogar o HUSM. Sonho de uma noite de verão.
Hospital Regional foi feito como Deus fez a mandioca. Agora já se sabe porque não queriam divulgar o documento, apesar dos vários “responsáveis” pela obra.
Só falta uma CPI, um circo eleitoreiro como cereja do bolo.
Piscina de reabilitação que não é térmica e não tem vestiário (sugestão de solução: tampar a piscina). Laboratório de análise superdimensionado. Coisas fixadas na parede com parafuso e sem bucha, caindo. Problemas de acessibilidade. Tampas das caixas d’agua danificadas. Problema nas calhas. Vedações das janelas com problemas. Elevadores e parte elétrica com problemas. Portas corta-fogo instaladas invertidas. Pouco estacionamento. Extintores vencidos. Acesso para ambulâncias. Aqueles 61 viram 70 rapidinho.
Leitura do que interessa é bem menos que 122 páginas.
Resumindo: problemas de projeto, problemas de execução e deterioração de algumas partes.