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Jogo de intrigas. Atraso na troca de comando na Polícia Federal já chega a beirar a futrica

Se há alguma coisa que funcionou, e muitíssimo bem, no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, não há dúvida, foi o trabalho da Polícia Federal. Seus 13 mil integrantes, entre os mais treinados profissionais de segurança do País, esbanjaram talento nas inúmeras ações que protagonizaram ao longo dos últimos anos.

 

Segundo levantamento divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo, foram 370 (quase uma a cada quatro dias, em média) operações contra a corrupção e o crime organizado. Há, ainda, desafios a cumprir: um deles é melhorar a própria aparelhagem e o salário dos federais. Inclusive para que eles possam, como diz o jornalão paulista, “restabelecer a seriedade na fiscalização” dos quase 16 mil km de fronteira do Brasil.

 

Conta-se como uma das causas para o bom desempenho da PF, no último quadriênio, o excelente entrosamento entre o Diretor Geral da Corporação, delegado Paulo Lacerda, e o chefe dele, o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. E é exatamente aí que a porca começa a torcer o rabo.

 

Bastos, como se sabe, está de saída. Lacerda deve sair junto. E quem serão seus substitutos? Diz-se que Tarso Genro assume a Justiça, mas Lula ainda não confirmou. Enquanto isso, assiste-se a uma luta nem tão surda assim entre os candidatos a candidatos ao posto de Diretor da PF. É exatamente esta a questão tratada pelo jornalista Vannildo Mendes, da sucursal de Brasília do Estadão, que assina a reportagem a seguir, publicada pel’OESP:

 

“Presidente atrasa definição e acirra a disputa na PF

Na luta pela sucessão de Paulo Lacerda, candidatos se movimentam e divulgam notas contra adversários

 

A demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fazer a reforma ministerial está alimentando a disputa pelo comando da Polícia Federal, um dos cargos mais cobiçados e estratégicos do governo. Enquanto não se define quem vai substituir o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a quem a PF está subordinada, os candidatos à sucessão do diretor-geral , Paulo Lacerda, reforçam a artilharia contra os adversários e reabrem feridas nas facções que tradicionalmente disputam poder no órgão. Há dois pretendentes em luta aberta e pelo menos quatro por fora.

Lacerda, que queria uma transição civilizada, perdeu o pulso e virou alvo de torpedos da federação da categoria, a Fenapef, que entrou na briga para fazer o novo diretor. “Temos candidato e queremos ser ouvidos”, diz uma nota distribuída pelo site da federação na internet. Na semana passada, foi necessária a intervenção do Conselho Superior de Polícia para baixar o tom da disputa e evitar o desgaste da instituição.

O grupo que defende a candidatura do diretor de Inteligência da PF, Renato Porciúncula, passou à imprensa a informação de que, em 2003, o diretor-executivo, Zulmar Pimentel – outro forte candidato à vaga de Paulo Lacerda -, deu carona à filha, indevidamente, em um jatinho da corporação. Pimentel alegou que, naquele vôo, havia vagas sobrando no avião e que não houve desvio de rota nem novos custos para a corporação por causa da carona.

A ala de Zulmar, por sua vez, conseguiu espalhar notas em colunas e blogs da internet afirmando que Porciúncula seria adepto de meios ilegais de investigação e rezaria pela cartilha do polêmico ex-diretor Vicente Chelotti, que ficou conhecido nos meios policiais como “o rei do grampo”.

Arisco, Porciúncula evitou comentar o festival de baixaria: “Não existe disputa, a sucessão está mais tranqüila do que água de poço.” Na semana passada, sobraram estilhaços para o corregedor-geral da PF, José Ivan Guimarães, acusado de ter embolsado R$ 27,6 mil ao simular uma mudança de um Estado para outro. Guimarães explicou que, embora sua mulher e filha tenham permanecido em Brasília, ele se mudou para o Tocantins, onde assumiu novas funções…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, pode fazê-lo clicando aqui.

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