KISS. Famílias pedem e a prefeitura adia a demolição
Por ANA BITTENCOURT (texto) e DEISE FACHIN (foto), da Assessoria de Imprensa da Prefeitura
Em mais um ato que demon10stra respeito aos pais, familiares e sobreviventes da tragédia na Boate Kiss, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, assinou, nesta quinta-feira (25), o documento que suspende temporariamente a demolição do prédio onde funcionava a casa noturna, localizado na Rua dos Andradas. Motivado por um pedido da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), o chefe do Executivo determinou que o imóvel deve permanecer como está, com a finalidade de ser utilizado como peça de prova no processo que busca a condenação dos quatro réus responsabilizados pelas 242 mortes, ocorridas em 2013. A intenção da Prefeitura era anunciar, em abril, a data de início da demolição do prédio.
Durante o encontro, Jorge Pozzobom fez uma breve retrospectiva das ações desde que assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2017. Para o prefeito, a desapropriação do imóvel, o apoio na realização do concurso nacional de Arquitetura que vai escolher o projeto para a construção do Memorial às Vítimas da Kiss, além do apoio e intervenção do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), são as conquistas mais importantes da nova relação estabelecida entre o Poder Executivo e a AVTSM.
“Suspender a demolição do prédio é, antes de tudo, atender a um apelo dos pais e familiares. E é nosso dever reafirmar o compromisso assumido, deste o início do nosso governo, em estar ao lado da Associação, colaborando de todas as formas possíveis, nesse processo de amenizar a dor ao longo do tempo. Também é o nosso dever para com a cidade de Santa Maria”, afirmou Pozzobom.
O presidente da AVTSM, Sergio da Silva, também rememorou a relação dos pais, familiares e sobreviventes, com a Prefeitura nestes cinco anos. Sergio lembrou que Pozzobom foi o primeiro candidato à prefeito a procurar espontaneamente a Associação para apresentar o plano de governo e ouvir, dos pais, o que esperavam do Município.
“Fomos acolhidos pelo Jorge desde o início, antes mesmo de ele assumir como prefeito. E tudo isso que está acontecendo agora tem o mérito e o empenho dele. Estávamos abandonados e tínhamos até medo da Prefeitura. Se hoje temos acesso ao Poder Executivo dessa forma, é porque o Jorge nos deu essa oportunidade. Estamos juntos e continuamos na luta”, desabafou Sérgio da Silva.
Opinião semelhante foi compartilhada pelo advogado Pedro Barcellos Jr, que representa a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), desde que a tragédia ocorreu, em 27 de janeiro de 2013.
“Agradecemos a sensibilidade do prefeito, da secretária de Educação, Lúcia Madruga, e de todo o Executivo ao tratar destas questões. Este não é um ato de cunho político. Preservar o local onde aconteceu a tragédia é um ato jurídico que vai colaborar com a acusação, caso consigamos reverter a decisão de afastar o julgamento pelo Júri Popular. Com a suspensão do processo de demolição, hoje eu posso dizer aos pais que o prefeito prontamente nos atendeu e concordou com a preservação do prédio”, explicou Barcellos Jr.
A preservação do prédio onde funcionava a Boate Kiss foi solicitada depois que o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Sul (OAB-RS), Ricardo Breier, passou a atuar como assistente de acusação no processo criminal do incêndio na Boate Kiss. O advogado vai representar a AVTSM, ao lado de Pedro Barcellos Jr. O reforço vai colaborar para que o recurso especial, apresentado pelo Ministério Público Estadual (MP), seja enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
A secretária de Educação e coordenadora do Núcleo de Gestão Estratégica de Acolhimento, Lúcia Madruga, e o assessor especial de Comunicação da Prefeitura, Roberto de Oliveira, também participaram do encontro na tarde desta quinta.
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