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8 DE MARÇO. Começa a ser preparada agenda com vários eventos destinados a lembrar o Dia da Mulher

8M em Santa Maria (e que tem apoio do Andes, o sindicato nacional docente) traz três eixos: direitos, violência e Reforma da Previdência

Por BRUNA HOMRICH (texto e foto, com informações -e cartaz- do Andes), da Assessoria da Sedufsm

Na última terça-feira, 20, meninas e mulheres formaram um círculo no auditório Suze Scalcon da Sedufsm. O motivo que as trouxe ao local foi a construção do 8 de Março (mundialmente conhecido como 8M), Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras. Referenciadas no grande movimento de mulheres que, em 2017, protagonizou greves em diversos países do mundo, elas objetivavam organizar uma agenda de mobilização em Santa Maria. E conseguiram: rodas de conversa sobre saúde da mulher, direitos sociais e feminismo negro já estão na agenda dos primeiros dias de março. Oficinas, apresentações artísticas e uma marcha também figuram dentre as atividades elencadas.

A ideia é que tenha mobilização durante toda a semana do dia 8, tanto na UFSM, que estará recebendo milhares de novas estudantes, quanto no centro da cidade, por onde passam centenas de trabalhadoras todos os dias. Também, uma atividade será realizada na Ocupação Vila Resistência, pois um dos objetivos das meninas presentes à reunião da terça é o de construir o debate e enfrentamento à violência doméstica com as mulheres residentes nas periferias da cidade, e às quais falta, muitas vezes, direitos básicos como moradia, saúde e educação. Rhaianny Silva, moradora da Ocupação, contou que o posto de saúde mais próximo à ocupação nega-se a atender as pessoas que lá residem.

Uma próxima reunião das meninas e mulheres que estão atuando na construção da semana do 8 de Março ocorrerá na segunda-feira, 26 de março, às 18h, no auditório da Sedufsm (André Marques, 665). Todas que desejarem se somar à mobilização são muito bem-vindas.

Nos próximos dias, divulgaremos a agenda completa de atividades, com data, horário e local.

Violência para além do assédio

Na reunião da terça, a diretora da Sedufsm, Fabiane Costas, destacou a importância de se reservar um olhar cuidadoso para as diversas formas de violência às quais as mulheres são cotidianamente submetidas. Além da via mais escancarada de violência física, a professora exemplificou outras formas de sofrimento, como a violência obstétrica. Inclusive, esse é um dos temas que serão abordados na mesa de debate a ser promovida pela Sedufsm no próprio dia 8 de março, para a qual foi convidada uma estudante negra, uma estudante indígena, uma mãe perdeu seu filho em decorrência da violência obstétrica e hoje organiza a mobilização contra esse tipo de violência, e uma arquiteta responsável por um estudo nas Casas de Abrigo para mulheres em situação de risco.

Mais informações sobre as participantes da mesa de debate serão veiculadas nesta sexta, 23, em nosso site.

Eixos de luta

Para este dia 8, as mulheres de Santa Maria apontaram três grandes eixos de mobilização: direitos, violência e Reforma da Previdência. Durante a reunião da terça, as meninas ressaltaram que as mulheres estão entre os sujeitos mais violentados pela Lei das Terceirizações, pela Reforma Trabalhista e pela Reforma da Previdência, consideradas violências sócio-políticas.

“Estamos aprendendo um novo jeito de fazer movimento e a sermos sujeitos de nossas próprias histórias. Temos um papel militante de disputar os rumos da realidade. Eles têm uma agenda para nossa vida. Mas e nós, que mundo queremos?”, questionou a professora estadual Caroline Roque.

Além de Santa Maria, cidades como Rio de Janeiro, Brasília, João Pessoa, Curitiba, Florianópolis e Uberlândia já estão em mobilização para a data…”

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