Claudemir PereiraJornalismo

ESQUINA DEMOCRÁTICA. Kiss, tragédia evitável?

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15 Comentários

  1. Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2013
    O poeta e escritor gaúcho Fabrício Carpinejar escreveu uma poesia que retrata a dor de todo o povo gaúcho e brasileiro com relação a tragédia vivida há algumas horas em Santa Maria. Nascido em Caxias do Sul, o poeta conquistou dezenas de prêmios de literatura e poesia e se mostrou profundamente abalado com o que se passou na Boate Kiss. Leia a poesia na íntegra.

    A maior tragédia de nossas vidas
    [email protected]

    Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
    A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
    Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
    A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
    As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
    Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
    Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
    Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
    Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
    Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
    Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
    Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
    O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
    A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
    Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
    Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
    Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
    As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
    Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
    As palavras perderam o sentido.

    PS: by site ‘Conexão Jornalismo’

  2. Tudo que tinha de ser dito já o foi: faltou fiscalização! É a corrupção que está enraizada na sociedade brasileira: eu finjo que fiscalizo, tu finge que cumpre e nós viramos as costas para nossas responsabilidades. Até quando? Os mesmos que foram irresponsáveis por não fiscalizar a boate (e não sejamos ingênuos, a maioria das casas noturnas de Santa Maria NÃO TÊM A MÍNIMA CONDIÇÃO DE SEGURANÇA PARA FUNCIONAR) criticam este ou aquele político por desvio de dinheiro ou assemelhados. Todos, assim como os corruptos de Brasília (ou aqueles que vivem aqui bem mais perto de nós) são culpados. Infelizmente, creio que o Brasil demora MUITO para alcançar uma consciência cidadã

  3. Pedi para um amigo me conseguir a Lei de prevenção de incendio e ele me conseguiu e é bem clara não podiam ter dado alvara só com uma porta para entrar e sair, quem é culpado não me importasei que alguem é culpado, por isso espero que o ministerio publico seja rigoroso, o Dep. Valdeci não deve conhecer a Lei para querer modificar se atualize deputado.

  4. o assunto vai estar na midia uma semana e depois esquecido e tome mais mortes; se as autoridades sao tao boas mesmo, quero ver fecharem neste dia predios q nao oferecem segurança; fiscalizaram meu predio e na rua constatei que outros nao foram fiscalizados e se foram nao desligaram o gas central, pois tem o mesmo problema nosso, carros passando a menos de um metro e meio dos butijões.

  5. Reproduzo o texto postado em: http://br.noticias.yahoo.com/blogs/on-the-rocks/imposs%C3%ADvel-153208955.html

    Difícil escrever sobre a enorme tragédia da madrugada do domingo. Uma festa de estudantes, mais de duzentos e trinta mortos, e contando. Impossível não se emocionar, não chorar com os relatos dos sobreviventes que, hoje, vivem menos, marcados pela tragédia e pelas irresponsabilidades. Impossível não se emocionar.
    Celulares dos mortos tocando ininterruptamente, na boate ou no necrotério. Família, amigos, conhecidos tentando ter notícias das pessoas que estavam na festa. Bombeiros, médicos, voluntários desesperados a cada toque. Eles tinham notícias a dar, mas as piores possíveis. Impossível não se emocionar.
    A tragédia estava anunciada. Não em Santa Maria, na Boate Kiss, mas em todo Brasil. Os jovens presentes na festa tiveram o azar de tudo ter acontecido ali, naquela madrugada de alegria e celebração. Impossível não se pôr no lugar.
    Azar? Sim, infelizmente azar. Não um azar sem causas, uma fatalidade. Nunca. O que aconteceu em Santa Maria não foi uma fatalidade, embora pudesse ter acontecido em qualquer lugar no Brasil. O que aconteceu tem nome, e muitas vezes, também sobrenome. Impossível não se indignar.

    Bastou uma fagulha, uma irresponsabilidade coletiva dos músicos e responsáveis pela boate para, quase instantaneamente, causar a morte de mais de 230 pessoas. Isso equivale, aproximadamente, a 0,1% da população da cidade, uma em cada mil. A título de comparação, seriam quase 12.000 pessoas em São Paulo. Hoje, todos em Santa Maria conhecem alguém que morreu na Kiss. Impossível não se comover.
    Os seguranças da boate, quando começou a confusão, imaginaram se tratar de uma briga. Pessoas desesperadas tentando sair. Não puderam, foram impedidos. Afinal, o que são vidas em risco em comparação a uma comanda? Não há desculpas. Mesmo se fosse uma briga, confinar as pessoas as põe em risco. A exigência da comanda, sobretudo, pode ter causado a morte de algumas pessoas. Impossível não se indignar.
    A falta de condições mínimas de funcionamento da Kiss, sem saídas de emergência compatíveis com a quantidade de pessoas que se aglomeravam lá dentro, sem rotas de fuga também foi responsável por tantas outras mortes. As normas existem, mas a fiscalização é falha e corrupta.
    A boate estava com seu alvará de funcionamento vencido. Isso significa, mais que tudo, que ela teve, um dia, autorização para funcionar. Com todas estas falhas gritantes, alguém autorizou. Por quê? Só há duas respostas possíveis: extrema incompetência ou, mais plausível, por motivos escusos, ilegais e imorais.
    Este é o custo da corrupção. Melhor, da “corrupcinha” do dia a dia. Um café para o guarda, um agrado ao fiscal. E corrupção, caros, é sempre via de mão dupla. Alguém paga por um “favor” que outro alguém vende. Ambos, passiva e ativamente, cometeram crimes. Impossível não se indignar.
    Os celulares tocam no necrotério. Em algum lugar o “café” pago e recebido pode ter matado mais de duzentas pessoas. Poderia ter sido em qualquer lugar do Brasil. Impossível não se emocionar e não se indignar. Impossível.

    BEM, esperamos sinceramente que DESTA VEZ não sejam presos e culpados os “testas de ferro” ou os “injustiçados”; aqueles que pagam pelos “Chefões”, “administradores”, empresários”, “políticos”, “fiscais”, “autoridades”… Esperamos, SINCERAMENTE, que as “autoridades” não se esqueçam que JUSTIÇA é para todos e não, somente, para quem tem dinheiro e poder.
    Aguardemos para ver as cenas dos próximos capítulos!

  6. Como disse certa vez o inteligente analista:O Brasil é um país que não age,somente reage;ou seja depois da tragédia se quer mudar e melhorar o que já devia de ser feito antes para evitar o pior.Lamentável,sem palavras frente a tanta tristeza,vendo a dor e sofrimento…tomara que não caia no esquecimento e não seja indignação de momento….

  7. Grossas paredes de um prédio velho: tragédia anunciada. Uma saída, uma vida, uma esperança… Seo Claudemir, publique o belo poema do Carpenejar sobre a tragédia, onde… “as palavras perderam o sentido…”

  8. Quando que algum empresário ou agente público de Santa Maria foi punido? Quando? Pois é, não sei se teve, foram o cartel dos combustível, a operação rodim,não cumprimento de dedicação exclusiva etc..
    Mais um caso para ser esquecido e sem punição, porque? Porque somos todos corporativos aqui em Santa Maria, não punimos ninguém que seja “dotor”.

  9. O legislativo na figura do Schirmer, secretários do município, BM- Bombeiros nos devem explicação para as irregularidades na boate Kiss, tais como: extintores vencidos( não funcionaram), quando liberado o primeiro alvará para a boate como liberaram um lugar que podia acomodar mais de 1.000 pessoas e que só tinha uma porta de saída ( a mesma de entrada) ? Se é proibido por lei o uso de certos materiais de alta combustão, como os bombeiros liberaram ? E, por aí vai …..

  10. Poderi ser evitada a tragedia, se a boate do DCE foi interditada, por que a Kiss não foi. Grave ato de improbidade administrativa, epero que o MP não seja omisso neste fato.

  11. A situação, que a prefeitura esta tentando induzir, que o Alvara dos bombeiros estava vencido, é so para colocar mais fumaça na tragédia.Parece que não bastou à que ocasinou os óbitos.Querem colocar no Estado (bombeiros), O Canhão (LEOPARD) que esta apontado para ela(ele)- o Prefeito.Pois ela que tem a palavra final, sobre abrir ou não, os estabelecimentos.

  12. A lei é clara e o executivo deve muitas respostas.

    Art. 17 – É vedado o emprego de material de fácil combustão e/ou que desprenda gases tóxicos em caso de incêndio, em divisórias, revestimento e acabamentos seguintes:
    I – estabelecimentos de reunião de público, cinemas, teatros, BOATES e assemelhados;
    (…)

    Qualquer boate que utilize aquelas espumas para vedar o som e que estão em funcionamento (creio que boa parte delas) não estariam em desconformidade com a lei?

  13. SIM, nem vou me estender, até para nao ser mau educado, mas todos temos a certeza que sim, todos sabemos quem sao os culpados, mas cabe a justica ser feita e BEM FEITA, e que estas perdas, nao caiam no esquecimento em alguns meses……

  14. Em uma frase: Não foi acidente. Faltou fiscalização para cumprir a própria lei municipal exemplar que serviu de modelo para o RS.

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