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Parlamento. Sinais evidentes de perigo para Lula no Senado, onde o Presidente é minoria

O Presidente da República não tem preocupação relevante com o comportamento da Câmara dos Deputados. Ali, o que Lula precisa administrar é o apetite dos aliados pelo cargo principal, que ele quer ver como está hoje, com o comunista do B, Aldo Rebelo.

Mesmo, porém, que não consiga emplacar sua primeira opção para a presidência da Casa, Lula terá relativa tranqüilidade. O mesmo, porém, ele não pode dizer em relação ao Senado. Ali, afora uma dissidência do PMDB, muito difícil de ser enquadrada, dados a personalidade e o histórico dos integrantes do grupo, ainda há a ameaça do PFL, que quer porque quer ser a oposição que o Presidente, supostamente, não tem em outros lugares.

Quem analisa a situação e traz informações atualizadas sobre o comportamento dos senadores, é o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, em sua página na Internet. Vale a pena ler:

”Na ponta do lápis, Lula fica em minoria no Senado

Já vai longe o tempo em que o Senado era visto como uma casa vetusta, abrigo de políticos que, por experimentados, se pautavam apenas pelo equilíbrio. No primeiro mandato de Lula, o Senado converteu-se em palco de controvérsias sanguinolentas. Sob Lula II, a situação não será diferente. O presidente inicia o segundo mandato em minoria na chamada Câmara Alta. Num universo de 81 senadores, há pelo menos 43 potenciais oposicionistas.

Às contas: PFL e PSDB reúnem uma bancada de 32 opositores. Embora o PDT flerte com o Planalto, há três críticos de Lula aninhados sob a legenda: Jefferson Peres, Cristovam Buarque e Osmar Dias. O PTB declarou apoio a Lula. Mas abriga um senador, Mozarildo Cavalcanti, cuja atuação não pode ser tachada de governista. O PSOL perde Heloisa Helena, mas ganha José Nery Azevedo. Há, de resto, seis peemedebistas que se declaram em oposição a Lula.

Para aumentar a encrenca, há o peemedebista Pedro Simon, que vai à conta como “independente”. Ninguém sabe como será a atuação de Fernando Collor. Petistas como Paulo Paim, Eduardo Suplicy e Flávio Arns são vistos pelo governo como senadores-problema. E há senadores governistas que, entrados em anos, flertam com o absenteísmo: Epitácio Cafeteira e João Durval, por exemplo, ambos na casa dos 80.

Vem daí o empenho de Lula para reacomodar na presidência do Senado o peemedebista Renan Calheiros. A hipótese de entregar o comando da Casa ao pefelista José Agripino Maia causa arrepios no Planalto. O presidente da República refere-se ao personagem com palavras de calão rasteiro. Não raro, inclui em suas referências ofensas à genitora do senador.

Lula receia que, assumindo o leme do Senado, a pefelândia não hesitará em atear fogo no Legislativo. Argumenta-se que o PFL perdeu para o petismo algumas de suas principais trincheiras estaduais: Bahia e Sergipe. De resto, terá de entregar ao tucanato uma São Paulo momentaneamente confiada ao pefelista Cláudio Lembo.

Afora o natural desejo de vingança, o PFL já não teria interesses administrativos a mediar com o governo federal. O partido está livre, acredita Lula, para desempenhar o papel de franco atirador. Nas palavras de um senador que desfruta da intimidade do presidente, o PFL pode tornar-se uma espécie de “PT da direita”, referência à oposição infatigável e intransigente…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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