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ATÉ QUANDO? Prefeitura ainda paga R$ 7,8 mil por mês para manter enfeites natalinos a ser descartados

“Fábrica do Natal do Coração” estoca os adornos usados durante o governo Schirmer/Farret. Prefeitura precisa descartar o material

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto/arquivo), da Equipe do Site

A última edição do Natal do Coração ocorreu no final do governo Schirmer/Farret, em 2016, mas ainda hoje gera despesas para o Município. A Prefeitura de Santa Maria paga R$ 7.830,33 mensais para alugar um pavilhão para armazenar os adornos (AQUI). O assunto já foi destaque do site em dezembro e a expectativa era de que o problema fosse resolvido em janeiro (AQUI). Porém, o tempo passou e agora não existe prazo para a solução.

O pavilhão localizado na Rua Adão Schneider, 55, na Vila Schirmer, é conhecido como “Fábrica do Natal do Coração”, onde os enfeites eram produzidos e estocados. Em outubro do ano passado, o governo Pozzobom optou por não investir dinheiro público na decoração natalina e não usou os materiais. Desde então, o Executivo vem buscando alternativas para as milhares de peças no estoque.

“Estamos agora na parte de operacionalização de descartes dos materiais que podem ser descartáveis, para que possamos entregar e sair do aluguel”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Ewerton Falk.

Após a retirada do material descartável, Falk calcula que ainda vão sobrar ferros e ornamentos que precisarão ser estocados em outro local.

“Não temos previsão para desocupar o pavilhão porque depende de um trabalho manual de desmonte e também da definição do descarte correto e responsável”, afirma o secretário.

Falk considera que a proposta da Fábrica do Natal do Coração não foi bem executada pela Administração anterior, pois não se pensou no fim do projeto. Além disso, a decoração gerou impasse ano passado, já que o uso dos adornos poderia ter custos para o Executivo.

Em 2016, a Prefeitura firmou um contrato com a empresa EcoDecor, de Foz do Iguaçu, no qual o Município pagou R$ 133 mil (divididos em três parcelas) para que fosse feito o reaproveitamento integral das peças utilizadas no Natal do Coração entre 2012 e 2015 (apenas reformando as que necessitassem), além do desenvolvimento de um projeto de decoração (AQUI).

O contrato, já encerrado, possui uma cláusula que estipula uma multa de 50% do valor firmado caso a Prefeitura reproduzir, ceder, emprestar, ensinar ou comercializar, no todo ou em partes, as técnicas e processos (patenteados desde 2003) sem autorização por escrito da empresa. Esse foi um dos motivos que fez o governo Pozzobom desistir do Natal do Coração e investir no Viva o Natal, que apresentou uma decoração mais simples em comparação com a dos anos anteriores.

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