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SAÚDE. Hospital Regional será 100% SUS e abre em maio, com ambulatório – diz secretário aos deputados

Gabbardo, na AL: “prioridade do atendimento do ambulatório serão pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão”

Por TIAGO MACHADO (texto) e CHRISTIANO ERCOLANI (foto), da Assessoria do Deputado Valdeci

O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo, atendeu o convite oficial feito pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) e compareceu, nessa quarta (7), à reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa para prestar explicações sobre o Hospital Regional de Santa Maria. Antes de responder a perguntas de Valdeci e dos demais deputados, Gabbardo garantiu que o hospital funcionará 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que os atendimentos do complexo terão início até o final de maio, com a abertura de um ambulatório.

O secretário fez questão de esclarecer que o anúncio feito em dezembro de 2016 sobre o Regional, quando foi comunicado que a estrutura teria apenas 60% dos atendimentos dirigidos ao SUS, representou um mal-entendido. “Talvez a interpretação do que o ministro Ricardo Barros (ministro da Saúde) falou não tenha sido adequada, mas ele estava falando o que a legislação previa. Se a gestão fosse de uma instituição filantrópica, ela teria obrigação de oferecer 60% dos atendimentos pelo SUS e poderia oferecer 40% (dos atendimentos) por convênios”, disse.

Questionado por Valdeci, ele afirmou também que o convênio do Estado com o Instituto de Cardiologia, instituição prevista como gestora do Regional, está em fase final de preparação, “apesar de ter demorado mais do que se esperava, devido à complexidade do tema”. A assinatura do documento ocorrerá ainda em março e a abertura de um ambulatório do complexo de saúde deverá acontecer até o final de maio.

“A prioridade do atendimento do ambulatório serão os pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Vamos abrir o atendimento ambulatorial do Hospital Regional no primeiro semestre de 2018. Quando iniciar o atendimento hospitalar começar, a prioridade será o atendimento de casos envolvendo traumas, como traumatismo craniano, traumatismo na área da ortopedia e traumatismos neurológicos”, informou o titular da saúde do Estado.

Sobre os equipamentos e o mobiliário do Regional, o secretário disse que eles estão orçados em R$ 50 milhões. A ideia, segundo ele, é que os aparelhos sejam adquiridos pelo Instituto de Cardiologia. A prioridade será fazer locações em vez de compras, justamente para reduzir os custos. “Enquanto abrimos os ambulatórios, nós vamos fazer a colocação dos equipamentos e do mobiliário para viabilizar logo adiante o funcionamento dos leitos. Não ficaremos parados. As pequenas obras que são necessárias serão feitas pelo município de Santa Maria, que se comprometeu com essa ação”, complementou.

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8 Comentários

  1. Sobre despesa a investimento .Bem lembrado seu Brando, esse pessoal não tem noção da diferença. Todos que caem num hospital para serem tratados é despesa. Ou porque foi irresponsável fumando, comendo porcarias, porque não se cuidou praticando exercícios, porque naturalmente o envelhecimento obriga a limpar as cataratas e colocar próteses, por problemas genéticos mesmo que se cuide, por um azar de um acidente. Tudo despesa. A estrutura para pagar “conserto” . Conserto é despesa. Já investimento para saúde: desde uma legislação para exigir filtros antipoluição nos carros até educação preventiva com políticas públicas nas escolas para prevenção a drogas, alimentação consciente, ensinar a prática para evitar que mosquitos se procriem nos lares, investimentos em esgotos e saneamento para evitar proliferação dos mosquitos, pesquisa científica para se antecipar a problemas genéticos, etc… Na despesa não há retorno, ou seja, fundo perdido. No investimento real há retorno, ou seja, menos despesa por causa da prevenção.

  2. A realidade desmonta o castelo de areia ideológico com um mero sopro. Tudo muito lindo na esperança e na ilusão ver o mundo com viés de uma ideologia, o mundo de fantasia que na prática REALISTA no Brasil nunca funcionou. Não se faz alto padrão com uma gestão pública nesse país e com funcionários públicos concursados. O Estado braileiro está quebrado, e a causa mais recente foi a péssima administração dos afins vermelhos. Quebraram os Correios, a Petrobras, tudo. Conseguiram até fazer passar vergonha o Rockfeller que disse: “o melhor negócio do mundo é uma companhia de petróleo bem administrada e o segundo melhor é uma companhia de petróleo mal administrada”. Quebraram até a mal administrada … k k k… E aí vêm dizer que algo 100% SUS nese país de gestão pública quebrada pode ser alto padrão. Nunca foi e nunca será. Muito menos com os vermelhos no poder. Não tem como fugir da realidade.

  3. Esse discurso fantasioso parece sempre uma ojeriza e um ranço contra o que funciona. Qual é o problema de ser um hospital de alto padrão na gestão (“padrão Sirio-Libanes”) que pode atender quem pode ajudar a pagar a conta e ao mesmo tempo atender a massa, na mesma qualidade de atendimento de quem paga a conta? Qual é o problema disso? Qual é o problema de apoiar algo que funciona? Ideologia. As coisas têm de ser sempre vistas de forma curta ideológica por alguns. E onde isso leva? Nesse caos que está aí em tudo. Onde tem gestão pública, se não está quebrado parece que estamos no tempo das lamparinas.

  4. Dando risada. Desqualificação de praxe. “Saúde é investimento”, um chavão. Motivo é simples, quem investe espera retorno, está na própria definição da palavra. Embutido no lugar comum está a ideia de que uma população saudável produz mais, trabalha mais, dá mais retorno. Ou seja, dá lucro mas não para o Estado. É uma visão mecanicista, parece “manutenção de equipamento”.
    Sistema bom é o que funciona. Meia boca não é “funciona”.
    Alta complexidade não é questão de “querer”, questão é definida politicamente em função das necessidades do sistema. Referência em oftalmologia da região centro, se não me engano, é Faxinal do Soturno.
    Esqueceram de perguntar ao secretário se era maio de 2018.
    Gestão não será de nenhuma filantrópica porque nenhuma quis assumir a “bucha”. Logo deixa para o SUS.

  5. O melhor hospital do Rio Grande do Sul não é 100% SUS e todo santa-mariense que tem convênio ou dinheiro não se opera aqui nem vai se operar no Regional. Porque vai ser um hospital comum patrocinado por um pobre chamado Estado brasileiro que não tem dinheiro. Não tem como nada fazer alto padrão sem dinheiro. Seria alto padrão na medida que teria uma gestão de alto padrão como os conhecidos de São Paulo que até dois vermelhos poderosos foram se tratar de câncer, com sucesso. Não foram se tratar num hospital padrão SUS. Por quê? Porque não foram burros. Para ter alto padrão precisa de aporte financeiro de quem pode pagar. Uma coisa boa puxa a outra boa, “sobraria” esse alto padrão para a massa que fosse atendida também num sistema misto. Se o 100% SUS está quebrado, o atendimento misto sugerido anteriormente seria muito melhor. Essa conclusão advém da REALIDADE, não do conto de fadas.

  6. Uau, que lindo discurso. Como sempre. Discurso. Lindo. Mas o que diz a REALIDADE centenária desse país de hospitais 100% SUS no Brasil? Só vai ao hsspital 100% SUS quem realmente não tem condições de pagar convênio ou um particular, por falta de opção, não porque são tops. Se o até o seu Garibaldi fosse um afortunado, assim como qualquer um da massa, escolheria o Moinho de Ventos ou o Sirio Libanes para fazer de simples procedimentos até safenas. Por que é mais chique? Não, porque é de alto padrão. Porque funciona. Porque não tem gente concursada como funcionário. Porque a gestão não é pública. Porque tem dinheiro. Aqui o Estado brasileiro não tem dinheiro nem para abrir o hospital. Que alto padrão vai vir daí? Os outros hospitais públicos 100% SUS locais e da região têm maior padrão que o particular da cidade? Se tivesse, os safenados com convênio e os afortunados não iriam para o particular nem para o Moinhos de Vento.

  7. Complicado é o sujeito viver entre delírios de “entes privados” pagando a conta e o complexo de grandeza que lhe “afasta” do que seria a “massa”. A saúde jamais será gasto, sempre será investimento, por isso não pode estar vinculada à ideia de lucro. E precisamos, sim, de atenção básica, mais do que de hospitais, embora eles sejam bem vindos. Isso sim é alto padrão, em qualquer lugar do mundo.

    Agora, alta complexidade, que é o que talvez o comentarista “auto-elitizado” deseja dizer, pode e deve ser feita pelo SUS, sim. É assim que o Instituto de Cardiologia (e qualquer outro serviço com boa escala) se mantém. Para conferir isso basta ver onde a alta complexidade prosperou e se tornou referência no RS; aliás, essa pesquisa explica o porquê de Santa Maria ter perdido tanto espaço como referência em saúde…

  8. Uma pena. Decisão política, populista e não realista. Perder-se-á qualidade natural que se esperava vir do atendimento alto padrão (que ppr osmose abarcaria todo atendimento) em troca de atendimento da massa. Não que a massa não precise ou não mereça, mas precisamos de alto padrão porque a massa também se beneficiará dele. Vai ser agora mais um hospital comum como já temos vários por aqui. No momento que vira 100% SUS, alguém que podia pagar a conta não vai fazer, então a conta vai para toda a sociedade. Mas políticos só querem os votos. É complicado.

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