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Será o fim? Se alguém com R$ 7,5 milhões aparecer no leilão, leva hoje a Casa de Saúde

Com as internações suspensas, e sem cirurgias – os anestesistas não estão trabalhando por falta de pagamento de salários -, o estoque de alimentos e remédios no fim e sem possibilidades de reposição, por falta de dinheiro, a situação da Casa de Saúde e seus 89 leitos é pouco menos que horrível.

É pouco? Não, definitivamente não. Há ainda a falta do repasse do Estado para o convênio que administra a instituição. Segundo os gestores, seria já R$ 1 milhão. A ausência desse dinheiro inviabiliza o hospital fundado pelos ferroviários e até hoje sob controle da Cooperativa que eles criaram. Ah, e também há R$ 195 mil que viriam do Sistema Único de Saúde, mas ficaram no caminho, bloqueados por uma das muitas dívidas da Coopfer, na área trabalhista.

Situação terrível, não? É, mas tem mais: nesta terça-feira acontece o primeiro (e quem sabe o último) dos seis leilões previstos pela Justiça. No pregão, todas as dependências físicas do hospital. Se surgir alguém com pouco mais de R$ 7,5 milhões leva tudo.

É o fim? Quem sabe. A respeito de tudo isso, o jornal A Razão está publicando reportagem na sua edição desta terça-feira, em texto assinado pela jornalista Elisa Pereira. Leia:

”Hospital irá a leilão em meio a crise
Venda pública da Casa de Saúde pode ocorrer hoje. Cirurgias e internações estão suspensas por falta de dinheiro

O funcionamento da Casa de Saúde está duplamente ameaçado. Além de correr o risco de ser vendido hoje em leilão marcado para às 14h, o hospital sofre com a falta de recursos para sua manutenção, o que ocasionou na semana passada a suspensão das cirurgias e internações. Embora não tenham relação direta entre si, os fatos somados resultam na maior crise que a instituição hospitalar enfrenta desde a reabertura em 2001.

O leilão de todas as instalações da Casa de Saúde foi determinado pela Justiça Federal para quitação de uma dívida trabalhista de R$ 1 milhão e 113 mil da Cooperativa dos Funcionários da Viação Férrea (Coopfer), proprietária do imóvel. O débito foi gerado pelo não depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço dos funcionários da cooperativa no período anterior ao convênio que garantiu a reabertura do hospital.

Desde o início de 2001, a parceria firmada entre Prefeitura, Governo do Estado, Coopfer e Universidade Federal de Santa Maria mantém a Casa de Saúde em atividade. A verba para a custeio e manutenção vem de repasses mensais do Estado (R$ 200 mil), do Município (R$ 60 mil) e do pagamento dos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O complexo hospitalar foi avaliado em R$ 7.526.495,12. Esse é o lance mínimo para compra na venda pública prevista para hoje, no Depósito Leiloeiro, localizado na rua Barão do Triunfo, nº1892. Estima-se que não surja comprador para Casa de Saúde nesta terça-feira, visto que a partir do segundo leilão, marcado para o dia 29 de agosto, o valor do imóvel cairá para 60% do avaliado inicialmente. As outras datas agendadas para venda são 19/09, 10/10, 31/10 e 21/11.

“A expectativa é que nesse primeiro leilão não haja comprador em função do valor de R$ 7,5 milhões. Acreditamos que os interessados irão aguardar uma condição financeira mais favorável que surgirá a partir do dia 29. O esforço da cooperativa é evitar o segundo leilão, quando de fato pode acontecer a venda. Nossa meta é encontrar uma alternativa até lá”, ressalta o advogado da Coopfer, Máximo Trevisan.

Conforme ele, a cooperativa está trabalhando para ampliar o número de participantes do atual convênio, em virtude do Estado e do Município estarem sem condições de ampliar o valor do repasse mensal. “Um aporte maior de recursos possibilitará que a Coopfer possa negociar o pagamento das dívidas que possui com o FGTS. Nós encaminhamos uma proposta para uma instituição privada do setor hospitalar para que ela passe a integrar o convênio. Por enquanto não estamos divulgando o nome da instituição porque a proposta está ainda sob análise. Aguardamos uma resposta, positiva ou não, que deve ser divulgada nessa semana ou no máximo no início da outra”, acrescenta o advogado.

Um ponto polêmico que envolve o leilão de hoje, e os próximos, é a inclusão no patrimônio do hospital e da Coopfer de um prédio construído após o convênio, com dinheiro público do Governo Federal e da Prefeitura de Santa Maria. O prédio destinado a abrigar serviços de apoio, como almoxarifado e lavanderia, foi concluído recentemente, tem área total de quase 1.800 metros quadrados e foi avaliado em mais de R$ 1 milhão e 900 mil. No entendimento dos integrantes do Conselho Gestor da Casa de Saúde, que gerencia do dia-a-dia da instituição, o imóvel não poderia ter sido incluído pela Justiça Federal no lote que será submetido à venda pública. Isso porque…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas desta terça-feira.

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