LULA. Conflito com apoiadores do ex-presidente é marca da chegada dele à Polícia Federal, em Curitiba
No CORREIO DO POVO, com informações da Agência Brasil e fotos de MELITO/Jornalistas Livres (maior) e MARCELLO CASAL JR (menor), da ABr
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou às 22h30min deste sábado ao prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde começa a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão. Lula desceu de um helicóptero escoltado por pelo menos quatro policiais federais.
A aeronave que trouxe o petista de São Paulo à capital paranaense aterrisou às 22h01min no Aeroporto Internacional Afonso Pena, de onde Lula pegou um helicóptero que até a sede da PF, onde ficará pelos próximos dias. A expectativa é de que o ex-presidente converse com seus advogados antes de ser levado para a cela especial reservada para ele.
A sala funcionava como dormitório para agentes da PF e foi transformada em uma sala de Estado Maior para receber o ex-presidente. No espaço, há apenas uma mesa, uma cadeira, uma cama e um banheiro. Há ainda uma janela que dá vista para a parte interna do prédio.
A chegada do ex-presidente foi acompanhada por manifestantes favoráveis e contrários e o clima foi de tensão. Foram explodidas bombas de efeito moral para conter a multidão a favor de Lula. Separados por um espaço de 30 metros, os grupos gritavam palavras de ordem. Apoiadores de Lula se emocionaram, cantaram e gritavam palavras de ordem. Com bandeiras de movimentos sociais, entidades sindicais e de partidos políticos, o grupo usou um sinalizador ao saber que o ex-presidente havia desembarcado na capital paranaense. Do outro lado, manifestantes contrários ao ex-presidente comemoraram a prisão com fogos de artificio, buzinas e bandeiras do Brasil.
A chegada de Lula ao local foi negociada pela defesa dele com a PF. A negociação ocorreu desde sexta-feira, quando terminou o prazo determinado pelo juiz federal Sergio Moro para que Lula se apresentasse voluntariamente à polícia em Curitiba.
Decisão da Justiça
Atendendo a um pedido da prefeitura de Curitiba, o juiz Ernani Mendes Silva Filho deferiu a liminar determinando a saída dos manifestantes das áreas próximas à Superintendência da Polícia Federal. Segundo o órgão, os manifestantes não podem transitar na área, também não podem impedir o trânsito de pessoas e ainda não devem se abster de montar estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade, sem prévia autorização municipal.
De acordo com a prefeitura, a aglomeração de pessoas no local poderia causar “transtornos aos moradores da região e grave lesão à ordem e à segurança pública.” Na decisão, o juiz afirma que “há um justo receio de turbação ou esbulho, o que ficou comprovado através dos noticiários, que registram a prática de confrontos em diversas localidades – em especial na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo -, com pessoas feridas e baleadas, assim como agressões à jornalistas e vandalismos em prédios públicos e particulares – à exemplo do ocorrido no imóvel de propriedade da Presidente do Supremo Tribunal Federal -, o que não se pode admitir no Estado Democrático de Direito.”
São Bernardo do Campo
Após dois dias no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, Lula se entregou à Polícia Federal aproximadamente às 18h40, mais de 24 horas após o prazo dado pelo juiz Sergio Moro. Antes disso, o político fez um longo discurso, no qual relembrou sua trajetória política, criticou o Judiciário e o processo que levou à sua condenação e disse que a prisão não encerrará suas ideias e os sonhos da população.
No fim da tarde, ele foi levado para a Superintendencia da PF em São Paulo para fazer exame de corpo de delito e, por fim, ao Aeroporto de Congonhas, de onde decolou para a capital paranaense em uma aeronave monomotor modelo Cessna 210…”
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A PM disse que a debandada do grupo pró-criminoso em direção aos portões da PF não foi com interesse explícito de invadir, mas mesmo assim tiveram que agir para afastá-los, o que está certo. A debandada em direção aos portões aconteceu depois que rojões estouraram no meio do grupo pró-criminoso. Dificilmente se saberá quem realmente estourou os rojões ou de onde vieram, até mesmo porque dentre os integrantes do grupo pró-criminoso não tem gente santa nem ordeira. Admira-me a irresponsabilidade dos que levaram crianças para o local.
Os pró-Lula acharam um ponto desprotegido pela PM. Explodiram alguns rojões e chegaram perto da grade. PF largou as bombas de efeito moral, o que proporcionou tempo para a PM reagir. É a versão que tenho escutado.
Noutro canto jogaram pedras e outras coisas na PM que reagiu.
Lula no discurso falou em continuar com as queimas de pneu e invasões. Seguem a cartilha deles, trouxa é quem acha que são “coitadinhos”.