SALA DE DEBATE. Mix com um punhado de temas: a toxoplasmose, vereadores, alagamentos, o comércio…
Creia: há um bom punhado de tempo o “Sala de Debate” não tocava em tantos assuntos diferentes quanto nesta quinta-feira. Ainda que, procurando bem, seja possível até interligar a todos. Mas o fato é que a discussão tomou conta, inclusive, dos ouvintes, que participaram em grande número no programa ancorado por Roberto Bisogno, entre meio dia e 1 e meia, na Rádio Antena 1.
Os temas? Olha só alguns deles, tratados com os convidados Werner Rempel, Ruy Giffoni e este editor: o consumo (e a qualidade) da água de Santa Maria e sua relação com a toxoplasmose, a atuação da Câmara de Vereadores, os conhecimentos (dos agentes públicos) acerca da vida da cidade, os alagamentos e, até, a retração (e suas causas) das vendas no comércio santa-mariense.
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Poderia ter funcionado? Talvez, se não tivesse todos estes problemas, em outros países funciona. Mas não na base do “quanto-mais-gente-apoiando-a-idéia-mais-provável-funcionar” (como se idéia de jerico funcionasse só na base do apoio. E nem na base do “Noruega-fez-o-mesmo-nós-também-podemos-isto-é-espírito-de-vira-lata”.
Brincadeira gerou até apontamento pelo TCU, custos da Petrobrás aumentaram acima de 30% em alguns casos sem nenhuma justificativa. Combinando com o preço do barril de petróleo caindo dos 110, 120 dólares para pouco menos de 40 e deu no que deu.
Resumo da ópera: qualquer mané que fala “basta fazer isto e aquilo que seus problemas acabaram” é um picareta.
Problemas múltiplos. Politica industrial furada (desoneração fiscal, ênfase na compra de produtos nacionais pelo governo federal, algum crédito via BNDES, pouca ênfase em educação, ciência e tecnologia). Não havia critérios para avaliar o impacto da medida, uma “reserva de mercado fracionária” (vermelhinhos acham que isto é “positivismo”, entrave ideológico). Não havia critérios objetivos para medir o “conteúdo local” (mão de obra, energia e financiamentos viraram CL). Incentivo para empresas estrangeiras produzirem aqui (poucos interessados, principalmente com “incentivos” a transferência de tecnologia). Muitos pedidos de isenção (waivers): se um determinado equipamento era muito caro, muito demorado de produzir aqui (projetos não podem esperar) ou existe tecnologia mais avançada no exterior pede-se a dispensa do conteúdo local (o que gera audiência pública para ver as contestações). Em alguns casos era mais barato comprar fora e pagar a multa do que produzir aqui.
Observação no final do programa é referência a exigência de conteúdo local. Algo implementado no governo Molusco e levado a ferro e fogo no governo Dilma, a humilde e capaz, principalmente na galinha dos ovos de ouro, o “pré-sal”. Do que se trata? Exigir que uma parte (60% é o número mais citado) do que fosse empregado na exploração fosse produzido aqui no Brasil (grossomodo). Parece bom, geraria emprego e renda, desenvolvimento, tudo de bom. Só que não.
Zero Hora noticia que a queda de 25% no varejo do RS é no setor de roupas. Culpam a incerteza política e o atraso na chegada do frio.
Lojas fechando não é de hoje. Mercado e capitalismo, risco é do jogo. Darwin determina quem sobrevive. Empresários tupiniquins gostam de pescar só no pesque-pague.
Construção civil não é minha praia. O que se vê na cidade são empreendimentos em construção, muitas placas de “aluga-se” (apartamentos, não lojas somente), placas de “vende-se” (idem) e muitos prédios com pouca ocupação. Há quem acredite na cidade que imóvel é investimento, pois bem, há que se estudar se não existe uma bolha. Quem vai comprar e alugar tudo o que se vê?
Fecomércio de SP afirma que a perda com feriados (9 deles e mais 5 pontos facultativos) irão custar 11,3 bi em 2018.
http://www.fecomercio.com.br/noticia/varejo-brasileiro-deve-perder-mais-de-r-11-bilhoes-em-2018-em-razao-dos-feriados-nacionais-estima-fecomerciosp-1