CIDADE. Prefeito reclama de sofá em calçada, mas o Executivo não cumpre a lei que resolveria o problema
Por MAIQUEL ROSAURO (com imagem do Facebook/Reprodução), da Equipe do Site
O prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) publicou no Facebook, na noite dessa segunda-feira (14), a imagem de um sofá sobre uma calçada e reclamou que o objeto estava trancando o passeio. Todavia, por uma ironia, chama atenção o fato de que o próprio tucano sancionou, ano passado, uma lei que resolveria o problema.
No dia 26 de setembro de 2017, o prefeito ratificou a Lei Municipal 6157/2017 (AQUI), de autoria do vereador Adelar Vargas – Bolinha (PMDB), que institui o Dia do Desapego Consciente. A iniciativa visa arrecadar e doar objetos que poderão servir para famílias carentes, possibilitando a reutilização de materiais e evitando o desperdício e geração de lixo no meio ambiente.
A lei considera como objetos que podem ser doados: brinquedos, calçados, roupas, equipamentos de informática, móveis, livros, eletrodomésticos, geladeiras, fogões, máquinas de lavar, colchões, material de higiene e limpeza, utensílios domésticos e sobras de materiais de construção em condições de reutilização, desde que possam ser recolhidos manualmente, sem o auxílio de equipamentos.
“O prefeito nunca tirou do papel (a lei), não tem planejamento”, critica Bolinha.
Segundo o vereador, caberia ao Executivo promover a campanha e organizar o recolhimento e as doações.
“O projeto Desapego Consciente seria a solução, uma semana em cada bairro a Prefeitura avisaria nos meios de comunicação o dia da coleta nas comunidades. Hoje, Santa Maria tem 206 depósitos de lixo. Enquanto não envolver moradores e estudantes vai ser assim”, afirma Bolinha.
A lei também institui a promoção de campanhas educativas, conferências, palestras de orientação da necessidade do descarte correto, reuniões, workshops e demais eventos visando à consciência ecológica.
Pois eu já liguei para a secretaria de meio ambiente com o intuito de descartar um sofá , um inservível enfim. No tempo do cezinha. ainda. E sabe qual foi a resposta -“coloca do lado de um container já que não podemos buscar direto na casa da pessoa”. Então os relaxados estão fazendo o que o “poder público” os manda fazer. Já o Cladis deveria fazer o mínimo do que lhe é atribuído. Vai arrumar esse asfalto , Gladistone!!!! Pombas…
Primeiro diagnóstico é que o embate político da urb virou uma chinelagem e não é de hoje.
Segundo é que pregam um paternalismo na aldeia, o poder público tem que bancar a babá e ficar 24 horas por dia limpando o nariz e verificando as fraldas dos habitantes.
Terceiro é o mais óbvio, campanha de conscientização não funciona com ignorantes.
No tempo do Schirmer teve secretário (não lembro o nome) que vivia falando nisto, jogam de tudo em qualquer lugar. Existem telefones no site da prefeitura (secretaria do meio ambiente) para fornecer informações sobre a destinação destes troços, mas a população não está nem aí, não se dá o trabalho de ligar, alguns acham que vão ter que pagar alguma coisa. É mais cômodo largar onde for mais conveniente e o mundo que abiche. Fica como “doação anônima”.
Relaxado é uma palavra interessante. Vem de relaxamento (descaso) ou relaxação.
Quais das origens devemos atribuir a uma administração que relaxou em não aplicar a lei e cobrar e fiscalizar o contrato de coleta de focos de resíduos irregulares.
Basta o prefeito verificar no site da própria prefeitura que há noticia, no link da Secretaria de Meio Ambiente, que uma das empresa tem por obrigação contratual recolher focos de resíduos.
A equipe e caminhões da prefeitura não devem recolher FOCOS de resíduos. Há um contrato. Acredito que alguém poderia esclarecer qual o papel da empresa Sustentare na coleta de focos de resíduos.
Retirei o texto abaixo deste link: http://www.santamaria.rs.gov.br/noticias/12791-prefeito-homologa-resultado-da-licitacao-da-coleta-de-residuos-convencionais-e-conteinerizados
– Da mesma forma a Prefeitura também passa a disponibilizar à população a coleta de bens inservíveis e de animais.
– O edital também trás novas exigências. Diferentemente do contrato em vigor, está previsto que a coleta de lixo seja realizada em zonas de descarte irregular e grandes focos de lixo. O objetivo é eliminar e coibir o surgimento de focos com grande volume de resíduos ou espalhados pela cidade.
Texto: Fabrício Minussi (MTB 11.110)
Foto: Arquivo / Prefeitura