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IDEIAS. E como nasce uma joia, direto de laboratório de Joalheria, no curso de Desenho Industrial da UFSM

Laboratório do curso de Desenho Industrial é espaço de criação e design de joias. O resultado já rendeu até um desfile, no Campus

Na revista Arco Digital, da UFSM, por MARTINA IRIGOYEN (texto) e RAFAEL HAPPKE (foto)

Trabalho criativo e atenção aos detalhes são habilidades desenvolvidas no Laboratório de Joal20heria da UFSM. Nele, acadêmicos do curso de Desenho Industrial são desafiados a criar peças a partir das propostas da professora da disciplina Mariana Cidade. Durante o semestre, os alunos devem produzir uma aliança e um pingente, além de um trabalho final.

“O projeto da aliança e do pingente é para mostrar para o aluno que ele pode se formar e montar seu próprio ateliê em casa, comprar suas ferramentas e desenvolver por ele mesmo”, explica Mariana. Já o trabalho final é voltado ao âmbito industrial, para que os estudantes saibam como é a criação dentro de uma fábrica de joias.

Da inspiração à criação

A primeira etapa de elaboração é passar pelo processo criativo, quando os alunos projetam a ideia das joias e a transformam em um desenho. Os temas são modificados constantemente pela professora. Neste semestre, o processo aconteceu em parceria com o Laboratório de Botânica, onde os estudantes puderam analisar as formas de insetos, plantas, galhos e folhas através dos microscópios. A partir da visualização, surgiram os primeiros esboços das joias.

Posteriormente, é preparada a liga, através da fundição dos metais brutos (geralmente prata e cobre). Após a fundição, o metal passa pelo processo de laminação para dar forma à peça. Com uma serra, são feitos, então, os recortes que o aluno planejou. A última etapa é o acabamento: são usadas várias limas para retirar as imperfeições que permaneceram. Logo em seguida, são utilizadas lixas e, para finalizar, a joia é polida.

A professora Mariana explica que o Laboratório dispõe das ferramentas e dos equipamentos, mas não possui nenhum tipo de metal estocado. Alguns alunos que estão em estágio mais avançado do ateliê optam pelo uso de materiais não convencionais, a exemplo da acadêmica Mariela Miranda, que desenvolve joias a partir de componentes de celulares estragados.

O destino das peças

Assim que as peças são finalizadas e avaliadas pela docente, o estudante escolhe um destino para elas. A maioria opta por  usar o produto ou presentear algum familiar, pois cada aluno produz poucas peças ao longo do semestre.

As peças produzidas pelos alunos de semestres anteriores foram exibidas no encerramento do evento As múltiplas possibilidades do design, realizado de 3 a 25 de abril. Na ocasião, os próprios alunos desfilaram utilizando as peças que criaram.

No evento, a acadêmica Ivi Pivetta Viero exibiu o pingente criado para o seu trabalho de conclusão de curso. Ela conta que se inspirou nas peças de lego e buscou trazer opções diferentes para que as pessoas pudessem customizar as peças. “Defini que o conceito seria uma coleção modular, versátil e interativa. A partir disso, criei painéis imagéticos com produtos que tivessem esse conceito, e desses painéis, fui extraindo formas”, explica a estudante. O pingente desenvolvido por Ivi é feito de prata e resina de diversas cores, para que se possa fazer as combinações que preferir. Ela comentou que, posteriormente, pretende testar novos materiais para a criação dos módulos, e a execução de outras peças que possam fazer parte desta coleção de joias.

O trabalho da Ana Luiza Seeger Guerra se destacou durante a exposição por envolver a colaboração de outro laboratório, o de Tipografia Editorial do Desenho Industrial. Suas joias são da Coleção Tipográfica, devido às formas terem origem em fontes tipográficas.

Além desse trabalho, Ana Luiza escreveu um artigo relacionando tipografia e joalheria, mostrando as semelhanças entre as ferramentas usadas em ambas.

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