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ÔNIBUS. Passagem já custa R$ 3,90. Porém, os edis ainda tentarão reverter o aumento nesta quarta-feira

Tiago Aires e DCE da Universidade Federal solicitaram aos vereadores uma CPI e uma audiência pública para tratar do reajuste

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site

Desde a meia-noite desta quarta-feira (22), a passagem nos ônibus urbanos de Santa Maria passou a custar R$ 3,90. Porém, o Poder Legislativo tentará reverter o aumento. Um documento assinado por 14 parlamentares será protocolado na Prefeitura solicitando a suspensão urgente do reajuste.

O acréscimo de R$ 0,30 na tarifa foi autorizada pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) na sexta-feira (18), um dia após o aniversário de 160 anos de Santa Maria. O anúncio gerou uma enxurrada de críticas e ecoou no Legislativo.

O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (DCE/UFSM) realizou uma manifestação na Câmara de Vereadores, nessa terça (21), solicitando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e também uma audiência pública para tratar do assunto. Logo no início da sessão, os trabalhos foram suspensos para uma reunião com os representares dos universitários.

“O aumento da passagem não considera o poder aquisitivo da população”, destacou o diretor de comunicação do DCE, Rodrigo Foletto.

Quem também participou da reunião foi o presidente do PCdoB/SM, Tiago Aires, que apresentou inúmeras razões para que o reajuste fosse suspenso, entre eles, o coeficiente de lubrificantes do cálculo tarifário que seria superestimado. Ele também destacou que o Conselho Municipal de Transporte (CMT) não é transparente.

“Se não temos condições de tratar de um cálculo tarifário de maneira clara, imagina então de uma licitação do transporte público”, ressaltou Aires.

A licitação do setor deveria ter ocorrido em 2010, no governo Schirmer. Porém, é prometida pelo governo Pozzobom para 2020.

A mobilização no Legislativo ocorreu de forma pacífica e surtiu efeito. O Grupo dos 11 redigiu um documento solicitando ao prefeito a suspensão temporária do Decreto 48/2018, que autorizou o reajuste, até que seja dada clareza aos critérios técnicos que embasaram o aumento da tarifa.

Além dos parlamentares do G11, também assinaram o documento os vereadores Vanderlei Araujo (PP), Cida Brizola (PP) e Luci Duartes – Tia da Moto (PDT). Como não houve tempo hábil na terça, o pedido ao prefeito será protocolado nesta quarta.

CPI

É grande a possibilidade de ser aberta uma CPI para tratar do tema, uma vez que o assunto é relevante, atinge milhares de santa-marienses e a fórmula como é feito o cálculo tarifário sempre gerou dúvidas. Falta apenas chegar a um consenso quanto ao objeto de investigação.

“Quinta vamos reunir o Grupo dos 11 para decidir sobre a possibilidade de pedir a CPI”, afirma o líder da oposição, Valdir Oliveira (PT).

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2 Comentários

  1. Chinelagem impera no legislativo da aldeia. CPI? Quem dá bola para CPI?
    Querem fixar a tarifa politicamente ignorando os custos (vide o preço do diesel, duvido que os últimos aumentos entraram na planilha).
    Licitação não resolve nada, ‘levar em conta o poder aquisitivo da população’ é demagógico (este discurso vem da época da revolução francesa, queriam o controle do preço do pão, como se viu funcionou).
    Que mais pode acontecer? Basta lembrar como acabou a antiga empresa Excal, os ônibus foram para a garagem, a empresa terminou e as controvérsias não se sabe como foram resolvidas, o efeito foi a paralisação das atividades da UFSM devido à falta de transporte.
    DCE da UFSM representa os estudantes, não a totalidade da população. Não sei se está na mão do PCdoB, do PT, do PSOL ou do PSTU. O que se vê é a exploração demagógico-eleitoral do problema.

    1. Gestão do DCE se intitula Representa. Ações teatrais sempre acompanhadas do Tiago Aires.
      Fazem de conta que contestam, representam muito bem, maioria das artes da UFSM: uns artistas.
      Justamente que provoca um custo maior, por ter benefícios (50%), reclama.
      Acho que deveria ter um bus exclusivo, com custo reduzido, entre centro e Campus.
      Taxas de lotação em 125% mereceriam ter um valor adequado ao percurso, uns 15 km. Um vai e volta fixo. Passagem a um pila para estudante da UFSM. Os demais bus que terá que pegar ficam na planilha normal.
      A cada 15 minutos bus de Um Pila para estudantes entre Casa do Estudante da Prof Braga e um ponto no UFSM. Diretaço.
      Atende estudantes, barato (metade da metade).
      Resgate de outrora.
      Os demais ônibus com uso normal e corrente, seriam licitados, com exigências de qualidade e frequência bem determinadas e, logicamente, com um Fundo Municipal para poder criar uma agencia e um coordenador que será indicado pelo prefeito.
      Que graça tem melhorar o serviço e a prefeitura não criar mais um órgão de controle?

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