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UFSM. Burmann mostra preocupação com o que vê como possibilidade de “golpe” na nomeação do reitor

Reitor Paulo Burmann realizou encontro com dirigentes e deputados petistas de Santa Maria na tarde dessa segunda-feira, no campus

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site

Imagine a situação: você se candidata para uma eleição, vence um pleito disputadíssimo e, no final, o adversário derrotado nas urnas é quem leva o cargo. Pode até parecer improvável, mas a possibilidade existe e preocupa o reitor da Universidade Federal Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann.

No final do mês passado, Burmann venceu a consulta à comunidade acadêmica com 5.827 votos (51,94%). Dalvan Reinert ficou em segundo lugar com 4.015 votos (35,89%), enquanto Helenise Antunes obteve 1.977 votos (12,17%).

Em 11 de julho, na reunião dos Conselhos Superiores da UFSM foi definida a lista tríplice a ser enviada ao Ministério da Educação (MEC) para escolha do novo reitor. Burmann e o candidato a vice de sua chapa, Luciano Schuch, foram referendados no encontro dos conselheiros. Todavia, diferente de anos anteriores, os candidatos derrotados na consulta mantiveram seus nomes na lista.

Em resumo: tanto Burmann quanto Reinert e Helenise podem ser nomeados pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), como reitor, caso o democrata não valide o resultado da consulta.

O tema ganhou repercussão no encontro de Burmann com integrantes do PT na tarde dessa segunda (17), na Reitoria da UFSM. O deputado federal Paulo Pimenta (PT) e o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) estiveram presentes na reunião. Em certo momento, o reitor chegou a brincar com a situação atípica.

“Como está na moda, talvez um golpe se repita”, disse Burmann arrancando risadas de todos os presentes.

Em seguida, em tom sério, o reitor criticou a inesperada situação e salientou que trata-se de uma questão ética.

“Este é o cenário em que estamos vivendo e estamos tentando fazer da melhor forma possível. Não é esse o caminho para construirmos uma universidade”, afirmou.

Burmann encabeça a lista tríplice, seguido por Reinert e Helenise. O MEC deve publicar entre novembro e dezembro o nome do novo reitor no Diário Oficial da União.

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17 Comentários

  1. Acho que vai depender da permanência do ministro e do próprio DEM no governo. Muita coisa não está andando lá em Brasília por causa da insegurança dos partidos.

  2. Cada ser julga os outros exatamente como é. É muita falta de caráter cogitar que o segundo lugar poderia assumir. Coisa feia

  3. Vi há pouco foto da posse do desembargador que foi o terceiro mais votado na lista sêxtupla, que o seu Tarso escolheu. Governo do PT. Que também não gosta de empossar o primeiro, se não cabe a eles. Valdeci estava na posse.

    Será que antes deu uma boa força ao primeiro da lista? Tentou convencer o seu Tarso que o primeiro fosse empossado, já que as “forças democráticas devem ser representadas”? (esse é o lema do partido). Não sei. Com a palavra, o nobre deputado.

  4. Legalmente a lista tríplice é elaborada pelos Conselhos Superiores ou como está escrito “pelo colegiado máximo da instituição”. O referido colegiado está autorizado (“poderá”) organizar consulta à comunidade universitária. Tanto no conselho quanto na consulta os docentes têm peso de 70%. O reitor é escolhido dentre os componentes da lista tríplice. Este povo acha que a lei não se lhes aplica, ficam de mimimi.
    A leitura da foto é um pouco diferente. Pimenta e Valdeci estão em campanha. A “cangalha” laranja diz: “Burmann apóia Valdeci e Pimenta”, o popular “tamo junto”. Questão é: em qual universidade séria do mundo um reitor se presta a um papel ridículo como este?

  5. Concluindo. Há horas digo aqui que se deveria acabar com eleição para reitor e se ter uma administração profissional nas universidades. Não política. Também não cargo de confiança político do rei da hora, comissionado. Estou falando de profissionais de gestão, pois a sociedade paga uma alta conta e precisa haver produtividade. Metas. Cobranças. Melhoria da qualidade dos cursos. paulatina. A autonomia universitária é dar poder para funcionário dar rumo a uma instituição pública, isso não existe, porque quem paga a conta somos nós, a sociedade. Professores devem ser concursados para atividade didática e de pesquisa, não administrativa. Enfim, não tem sentido nenhum eleição para reitor, diretor de centro, coordenador, etc, nos tempos de hoje. A pá de cal na forma de escolher o reitor seria o governo escolher qualquer um da lista. E também seria muito divertido.

  6. Aliás, o escolhido não vai fazer diferença. Explico. A Vossa Magnificência teve aproximadamente 16% dos votos colocando na matemática todo o universo possível de votantes. Pouca gente apareceu para votar. E teve menos votos que a soma dos outros dois concorrentes. O segundo, meros alguns pontos a menos. Nenhum foi representativo da maioria. Se a questão fosse de real representatividade, a maioria colocaria no cargo uma bela cadeira vazia.

  7. Se o mais votado devesse ser o escolhido a dona Raquel Dodge não teria levado a taça na PGR. Curioso que ninguém chiou quando o nome dela apareceu como escolhida para a vaga do Janot. A lei dá total liberdade ao governo de escolher para a cadeira quem bem quiser da lista dos candidatos.

    Outro caso, inclusive com atores locais. Um candidato local a desembargador do Estado do RS estava numa lista sêxtupla, há poucos anos, e não foi o mais votado, foi o terceiro, se não me falha a memória. E o vermelho Tarso. o que fez? Escolheu o p´rimeiro da lista? Não. Alocou o candidato local para a vaga. Ninguém chiou. Soltaram foguetes, inclusive, não é editor? Vejam bem, o governador do PT escolheu o terceiro, não o primeiro. Agora dois do PT vão dar força ao atual reitor porque foi o primeiro? Por quê?

  8. Chega a ser ingênuo o receio da Vossa Magnificência.

    Para que existe a lista tríplice? Porque não é uma eleição tradicional. Porque o governo pode escolher quem quiser. A lista tríplice não existe para carimbar a cadeira para o primeiro colocado. Não chega a beirar uma questão ética nem cavalheirismo. Está na lei que terá votação entre os candidatos e está na lei que a lista deve existir e o governo pode definir quem quiser. É uma democracia “engraçada”. É assim a lei. Seguir a lei é uma questão ética, não necessariamente passar o poder ao primeiro colocado. O resto é chororô.

  9. Não tenho dúvidas que é para manter em evidência os nobres deputados que ,nessa foto, ostentam a “mantinha” com as cores do Burmann. 2018 está logo ali…

  10. Ta querendo sucesso, ate pensei que essa foto fosse para assinar ficha com o PT, tenho certeza que o Mendonça vai validar o primeiro da lista, o resto e o que estão fazendo é só propaganda e holofotes, poupe me , a que ponto as pessoas chegam….

  11. Lendo exemplares do jornal A Razão de dezembro de 1985, verifiquei situação semelhante. A comunidade da Boca do Monte viveu incertezas na nomeação de Benetti. Houve também interferencia dos políticos locais, que possuíam expressão nacional.

  12. A priori dede que tempo se prática rtal situação, porque tantos governantes passaram e se achavam errado orquestra não fizeram a devida correção. Algo se está errado deve ser corrigido ligo e não empurrado com a barriga.

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