SALA DE DEBATE. Do Perau à segurança de Camobi, isenção de IPTU para alagados, carimbo no dinheiro…
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Seria pecado, e mais que isso, um erro eleger o tema predominante no “Sala de Debate” de hoje, na Rádio Antena 1, do meio dia a 1 e meia da tarde. Até porque, o que tivemos, sob a ancoragem de Roberto Bisogno, foi um mix de pelo menos meia dúzia de assuntos tratados pelos convidados: além deste editor, Alfran Caputi, Péricles Lamartine Palma da Costa, Eni Celidonio e João Marcos Adede Y Castro.
Ainda assim, é possível enumerar pelo menos quatro temas que suscitaram manifestação dos debatedores. Um deles foi a segurança proporcionada pelas obras restauradoras na Estrada do Perau. Na mesma linha, de uma certa maneira, surgiu a história da Associação Camobi Segura e o auxílio prestado às autoridades, para melhorar a segurança no bairro. E ainda, claro, a proposta de isentar do pagamento de IPTU as vítimas de alagamenos na cidade, além do carimbo no dinheiro, com a efígie de Lula. Isso só para começar a conversa.
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Camara de Vereadores é como diz o comentarista esportivo, não adianta dizer para uma ovelha “voa ovelha” que ela não vai voar.
Carimbo da cara do Molusco nas cédulas é só para virar assunto, não deixar a história cair no esquecimento. Ninguém vai mudar de opinião por causa de um carimbo numa cédula, mais provável é que fique p. da cara por causa do perrengue (real ou imaginário) que vai ter para passar a nota adiante. Vermelhinhos não tem senso de humor e nem criatividade, acabam se repetindo sempre, protestos têm sempre a ver mais com identidade do que convencimento. Definem-se por negação, eles “não são” alguma coisa, daí o uso incessante da desqualificação.
Engana-se quem acha que a utilização do whatsapp pela polícia é coisa só de Camobi ou só do RS. Em outros estados é utilizado até pela polícia civil. Também não é o mesmo que o 190 (pelo que sei), no smartphone o contato é mais direto, pelo telefone vai ter que passar por uma central, tem mais burocracia.
Profissional da comunicação com muitos anos de estrada com medo de ser mal interpretado, Ainda por cima pelo jeito que falou ainda deu a entender que estava mandando o dentista ficar quieto mesmo dizendo o próprio nome baixinho (o que pareceu disfarce). Que deselegante!
Aparentemente haveria um problema na “vigilância”, só porque alguém é pobre, feio, sujo ou mal vestido (cabem muitos adjetivos aqui, todos enquadrados como “diferente” e até comportamentos tais como “não costuma passar nesta rua”) não significa que está planejando alguma atividade criminosa. Caberia uma discussão criminológica, “labelling approach” (se não me engano, não é minha praia) para alegria dos vermelhinhos.
Claro que não é possível deixar de lado a hipótese dos “milicos” estarem sendo malhados para ninguém falar nos engomadinhos pastéis de vento, os Defensores dos Direitos dos Manos, Bala-na-Cara e similares. Os que vivem criticando a sociedade por ser “punitivista” (como se alguém fosse perder o sono por ser chamado de ‘punitivista’).
Extinção de polícia militar é ideológico, os cursos de pós graduação em direito penal e criminologia (não só eles) estão aparelhados, não é nenhum segredo. Nos outros países o nome é diferente, gendarmeria, carabineiros e até guarda civil na Espanha.
É certo que ninguém tem culpa da própria ignorância. Exército tem algo como 220 mil pessoas. Uns 30% são profissionais, desde generais até terceiro-sargento. Desta parcela ainda é necessário descontar o pessoal mais velho e o pessoal que não é combatente (logística, saúde, mecânica, etc). Dos 70% remanescentes uns 10% são sargentos ou oficiais temporários e o restante é composto de uma pequena parcela incorporada no ano anterior e uma parcela significativa de gente incorporada no ano vigente. Ou seja, o “monte de milico aqui em Santa Maria” é na sua grande maioria gente saindo da adolescência que nunca tinha vista um fuzil de perto na vida, está há pouco mais de dois meses no quartel. Gente que se fosse para a fronteira e levasse um tiro levaria a pergunta “quem foi que teve a brilhante idéia de colocar um piá despreparado a vigiar traficante de armas”. O que leva a constatação: o que às vezes parece racional muitas vezes não é. Alás, não é só pela fronteira seca que as armas entram.
https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/um-dos-60-fuzis-apreendidos-no-aeroporto-do-galeao-seria-para-traficante-rogerio-157.ghtml